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[Review] Arrow 3x10/11/12 - Left Behind/Midnight City/Uprising

De volta dos mortos.


De volta dos mortos.

Demorou, mas depois de um tempo as reviews de Arrow voltaram! Demorei para falar desses primeiros episódios da volta da série por um motivo bem simples: tive provas em janeiro e isso acabou com a minha vida é muito difícil para eu ser imparcial falando dessa série e, se eu tivesse feito uma review por episódio, acho que o resultado teria sido insatisfatório. Portanto, achei melhor esperar a conclusão desse primeiro arco de retorno. Vamos então parar de enrolar porque tem muita coisa a ser comentada aqui.

Depois de um final muito dramático e de uma espera que pareceu muito mais longa do que realmente foi, Arrow voltou do hiato trazendo uma história muito boa e muitas surpresas interessantes. Para ficar fácil de entender, vamos começar analisando cada personagem de destaque antes de falar do enredo no qual eles foram inseridos. De cara, a primeira personagem que merece ser mencionada é a Felicity. É de se admirar o quanto os roteiristas acertam com essa personagem. Suas relações e diálogos foram momentos de destaque em todos os três episódios e a personagem não para de se tornar mais interessante. É muito bom ver que, apesar de servir como a responsável pelas risadas na série, Felicity também é capaz de protagonizar momentos muito dramáticos (destaque aqui para a conversa que ela teve com a Laurel e as discussões com Ray Palmer sobre o projeto A.T.O.M.). Ela já tinha feito isso antes, mas nunca como vimos nessa volta de temporada. Parabéns à incrível Emily Bett Rickards pela sua atuação.

Outra personagem de destaque foi, obviamente, a Laurel. Eu faço parte do grupo de pessoas que nunca gostou dela, inclusive acho que gostar tão pouco dela é um dos fatores que me fez gostar tanto da Sara, mas é possível que minha opinião se altere daqui pra frente. A Canário Negro (finalmente posso chamá-la assim!) fez sua aparição de maneira fenomenal. A frase "I'm the justice you can't run away from" quase me fez pular de emoção, mas é óbvio que com o pouquíssimo tempo que teve de treinamento ela não poderia ser muito boa, e eu gostei bastante do fato de que isso fez parte do desenvolvimento da história. Outro ponto importante foi o quanto a personagem cresceu emocionalmente durante a ausência do Oliver. Parece que ela finalmente amadureceu por completo, e agora entende que o que faz não é uma brincadeira. Espero grandes coisas dela daqui pra frente, tomara que acertem a mão com a personagem no restante da temporada.

Roy e Diggle não poderiam passar em branco uma vez que foram vitais para que a cidade fosse salva. Roy manteve uma postura extremamente madura, extremamente fiel àquilo que se esperaria dele na série, enquanto que Diggle assumiu o controle da situação. Em todos os momentos ficou claro que as decisões tomadas sem o Oliver eram feitas pelo grupo, mas ele definitivamente era a peça principal. Era óbvio o quanto ele é importante na equipe, coisa que às vezes é fácil de esquecer com tanta gente habilidosa aparecendo em Starling. Acho que podiam parar de fazer ele parecer fraco, afinal ele é um soldado extremamente capaz, e mesmo não se comparando à liga dos assassinos, deveria ter durado mais enfrentando Brickwell no mano a mano.


Malcolm Merlyn foi uma surpresa bem interessante durante a ausência do Oliver. É possível que ele realmente tenha achado que Oliver venceria Ra's, por mais que ingenuidade não seja uma de suas características, mas será que seus planos acabaram mesmo? Transformar sua filha em assassina e matar alguém que não tinha nenhuma relação com seus problemas não são exatamente atitudes de um pai de família que se importa apenas em proteger sua filha, então acho que ele ainda tem algo na manga (e na verdade até torço para que esse seja o caso). De qualquer forma foi bem interessante ver um pouco do seu passado para entender o que o levou a tentar destruir a cidade, mas mais interessante ainda é pensar no futuro e em como será a relação entre ele e o irmão da Thea daqui pra frente. Ainda acho que a forma como ele agiu quando enfrentou Danny no final do episódio 12 foi meio descaracterizada devido ao fato de que ele parecia quase desesperado, mas não acho que isso prejudica o personagem em algo.

Agora vamos falar da história em si, começando pelo salvamento do Oliver. Não foi explicado de maneira realmente satisfatória como ele sobreviveu (falar que sua vontade de viver era grande é uma desculpa bem esfarrapada), mas isso acaba não sendo tão problemático uma vez que todos já sabiam que ele não ia morrer. O interessante mesmo foi a participação da Katana em tudo isso e o fato de que a forma como eles se despediram deixa em aberto um possível retorno da personagem para o núcleo da série que se passa no presente. Provavelmente a traição de Maseo será responsável por isso em algum momento, mas enquanto não acontece é bom ver que voltaram a acertar nos flashbacks (que estavam abaixo da média nessa temporada).

E, finalmente, vamos dar uma olhada no enredo principal: Danny Brickwell tentou dominar Starling City, e isso foi incrível. Sabemos muito bem que a ideia de tomar a cidade não é lá algo inédito em Arrow, mas é bom ver que os roteiristas sempre conseguem trazer elementos diferentes para que não pareça ser uma versão reciclada do anterior. O personagem Dannny foi muito bem escrito dentro daquilo que queriam fazer com ele: o clássico chefe de quadrilha poderoso. A maneira de agir, falar, e armar seus planos foram todas muito interessantes de acompanhar. O fato de que ele foi o assassino da esposa do Merlyn me pareceu ser coincidência demais, mas como eu já disse antes: não estraga o personagem. O melhor de tudo foi ver como essa tentativa de tomar a cidade trouxe de volta o tema que norteou o primeiro episódio da temporada: legado. O manto da Canário finalmente foi passado, Roy mostrou sua determinação em seguir os passos de Oliver e tudo indica que esse tema voltará a ser importante logo no próximo episódio.

Arrow conseguiu fazer uma volta de temporada boa o bastante para responder às enormes expectativas que foram criadas no fim do nono episódio dessa temporada. E melhor ainda, conseguiu deixar no ar várias repercussões interessantes para acompanharmos: como ficará a relação entre Oliver e Felicity depois de dizer que não quer ser amada por ele? Como ele lidará com a presença da Laurel na equipe? Como o Malcolm afetara a maneira do arqueiro agir agora que eles fizeram uma espécie de acordo? E o mais dramático de tudo, como Quentin Lance vai lidar com a notícia de que a loira lutando em Starling não era a Sara? Cada vez mais a série vai se renovando e deixando novas perguntas como essas a serem respondidas, e é muito bom ver que, quase sempre, as respostas são satisfatórias.

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