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[First Look] Intruders 1x01 - She Was Provisional

Suspense até demais.


Suspense até demais.

Intruders é uma das novas apostas da BBC America e, antes da estreia, prometia ser um ótimo novo suspense. Baseada na obra de Michael Marshall, a série chegou com intenção de prender o telespectador desde o começo com um clima sombrio e cheio de mistérios. E aí é que está o problema.

O suspense estava lá: os assassinatos, as invasões a domicílio (quem não esperava por isso, não é?), todo o episódio com tons de cinza na tela e cinco ou mais casos misteriosos acontecendo ao mesmo tempo; o problema é que não souberam trabalhar bem com tudo o que tinham. O primeiro episódio teve uma quantidade muito grande de personagens diferentes, com muita coisa acontecendo com a maioria deles, e por causa disso não foi possível se apegar a nenhum. She Was Provisional foi um caso muito especial, eu nunca tinha visto antes um episódio mostrar tanta coisa e, ao mesmo tempo, não mostrar quase nada. Em outras palavras: muitas pessoas, muito suspense e pouca história.

Falando assim até parece que deu tudo errado, mas depois dos primeiros 20 minutos o ponto de interrogação que estava estampado na minha cara foi começando a ficar menor e fui me interessando cada vez mais por tudo aquilo que era mostrado. O clima de suspense ficou meio exagerado e os personagens foram, de certa forma, colocados em segundo plano, mas quase deu certo. “Quase” não é uma palavra que inspira muita confiança, eu sei, mas ela se aplica bem àquilo que foi mostrado nesse Series Première. Mesmo com o grande problema ao redor de todo o episódio, o resultado final acaba sendo o que os criadores queriam: você ficar interessado. Seja porque já conhece a história do livro e quer ver a adaptação ou simplesmente porque você gosta de suspense e Intruders deixou bem claro que vai ter bastante disso, nem que seja à força, a vontade de ver o que vem depois existe e não é pequena. Se sozinho She Was Provisional não se destaca em muita coisa, ao menos ele é eficiente em criar expectativa por aquilo que a história pode trazer.

Outro ponto positivo são as atuações. James Frain, que dá vida ao personagem com maior tempo de tela no episódio, é bem convincente como assassino. John Simm e Mira Sorvino também apareceram muito bem, especialmente Mira. Millie Brown, que interpreta a garotinha de nove anos, Madison, foi ao mesmo tempo um dos destaques e um dos problemas do episódio. A atuação dela em todos os momentos é ótima, mas seria difícil para qualquer criança interpretar uma garota possuída pelo espírito de um homem mais velho. Crianças em filmes de terror normalmente tem o olhar vazio e não falam muito, e não falam tanto porque é difícil levar a sério as ameaças de uma criança. Após a ameaça dela pelo telefone, ao invés de medo, você tem vontade de dar risada e apertar a bochecha dela. Não há muito o que se pode fazer sobre isso, mas pelo menos a atriz passa convicção em todos os outros momentos.

Não há dúvida de que o episódio não foi tão bem sucedido quanto deveria, uma vez que falha em aspectos importantes, mas Intruders acabou conseguindo despertar um pouco da minha curiosidade. A história tem potencial para se tornar um ótimo suspense, mas tudo depende dos próximos episódios. Caso sigam no mesmo ritmo do primeiro, a série dificilmente chegará muito longe.

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