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[Crítica] As Tartarugas Ninja


Depois de 21 anos, as famosas Tartarugas criadas por Kevin Eastman e Peter Laird estão voltando aos cinemas em formato live-action produzido pelo rei das explosões, Michael Bay, e dirigido por Jonathan Liebesman (do interessante Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles). O reboot começou a tomar forma debaixo de muita desconfiança por parte dos fãs do material original, principalmente quando saíram as primeiras imagens do visual dos quelônios.

No longa, somos levados a uma Nova York assombrada pelo perigoso Clã do Pé, comandado pelo misterioso e temido vilão Destruidor, que vem causando o caos numa cidade onde a polícia é despreparada e não sabe como lidar com esse grupo, e isso acaba a levar os irmãos Leonardo, Raphael, Donatello e Michelangelo a saírem dos esgotos para lidar contra essa ameça contando com a ajuda da jornalista April O'Neil (Megan Fox), que está atrás do furo que irá mudar sua vida e fazer com que ela seja respeitada no seu meio profissional.

O longa tem o seu maior ponto positivo no entrosamento entre os irmãos, pois conta com bons momentos e boas piadas do universo geek, mostra as personalidades de cada uma das tartarugas de uma forma bem definida e muito próxima daquilo que os fãs mais saudosos conhecem e gostam, porém as piadas acabam cansando um pouco e parecem querem esconder os buracos do roteiro. Roteiro que, assim como na franquia Transformers, é raso, preguiçoso, excessivamente didático e cheio de conveniências que acabam cansando após certo tempo.

Megan Fox (linda como sempre), não possui a força suficiente para carregar o filme, uma vez em que se opta em dar um enfoque maior na presença humana, inclusive colocando-a como a força motriz de um evento bem importante e decisivo na trama. É claro que devido à beleza de Fox, são criadas situações um tanto quanto bizarras para mostrar o "talento" da moça, coisa que fica muito clara quando estamos numa sequência de ação e é interrompida para dar um close em sua bunda. Além de Fox, também estão no elenco "humano" Whoopi Goldberg, em pequena participação como a editora de April, e Will Arnett (The Millers), como seu parceiro, o que acaba sendo um ponto positivo na projeção devido ao tom cômico do seu personagem.

Outra coisa que incomoda muito é a motivação rasa do vilão, Destruidor, que não tem um background relevante e que não faz nenhum sentido, somado a isso temos o visual over todo feito em CGI, o que me tirou muito do filme. E para completar, temos a presença de um William Fichtner (Prison Break) completamente apático, caricato e sem função. Na parte técnica, vale destacar que os efeitos e a produção estão bem bacanas (3D não acrescenta em nada e é completamente dispensável) e em muitos momentos a direção de Liebesman emula Bay com tanta perfeição que dá até para pensar que algumas sequências foram dirigidas por ele.

Mesmo sendo um filme com muitos problemas, deve agradar a grande parte do público que procura uma diversão descompromissada. Apenas espero que na sequência (já confirmada para 03 de junho de 2016), a trama seja mais bem desenvolvida e focada em quem é de direito.

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