[Review] Falling Skies 4x01/02 - Ghost in the Machine/The Eye

Surpresa é a palavra que definiu o começo desta quarta temporada. Com reviravoltas, momentos e situações completamente inesperadas, a série recomeçou com uma cara nova e muito promissora.

Os primeiros dois minutos foram desanimadores. A ideia de voltar para o lugar de onde eles saíram com o mesmo grupo de pessoas cheirava a repetição e, por um momento, a série parecia ficar desinteressante. Mas ai tudo mudou quando a nação do fogo atacou quando um ataque aéreo surpresa separou o grupo e deixou Tom Mason desacordado. Por mais que já tenha ficado claro que eles sempre enfrentam problemas quando as coisas começam a melhorar, dessa vez eu não esperava algo assim (mesmo levando em conta tudo o que aconteceu nos dois últimos episódios da temporada anterior).

Depois do ataque, descobrimos que alguns meses se passaram e que o grupo original se dividiu em outros quatro: um grupo que está livre e procurando por seus parentes, eles são liderados por Anne, à procura de Lexie; o segundo se resume a Matt, que está sozinho e preso em um centro de reeducação, onde estão fazendo lavagem cerebral em crianças; Lexis, Lourdes, Ben, Dr. Kadar e Maggie, que estão em um local chamado Chinatown, uma espécie de vila supostamente segura no meio da guerra e formam o terceiro grupo; enquanto que os últimos, liderados por Tom, estão em uma espécie de prisão.

A ideia de separá-los é muito bem vinda, e a forma como foi feita cria enormes possibilidades. Ficou claro que os criadores tiveram muito cuidado para fazer algo e diferente e, principalmente, para que nenhum dos grupos seja desinteressante. Mais claro ainda é que nenhum dos grupos está de fato seguro, e que agora cada um terá que lutar por sua sobrevivência de uma maneira diferente.

Essa divisão também ajuda a mostrar como cada personagem evoluiu desde os últimos acontecimentos. Com o grupo dividido, todos terão mais chances de mostrar o que se tornaram. Claro que o foco ainda fica na família Mason, e isso me faz sonhar com um momento escrito por George R. R. Martin, onde um dos filhos morreria, mas não vai acontecer. De qualquer forma, todos eles estão ficando mais interessantes. Matt, que aparentemente saiu (de maneira forçada) da fase rebelde, se mostra como um líder em miniatura no campo de reeducação onde está preso. Anne está praticamente irreconhecível, ela lidera o único grupo que não está preso e está fazendo de tudo para encontrar sua filha. Hal também se mostra cada vez mais como um líder, tomando o lugar de Tom quando o pai está na solitária da prisão (bem que podia ser ele a morrer, seria interessante). Enquanto isso, Ben está no que parece ser um culto religioso muito estranho, onde sua irmã Alexis é considerada uma figura quase divina, e ele precisa fazer algo a respeito.

Não posso deixar de falar do crescimento de Alexis. Em alguns meses a menina cresceu aproximadamente doze anos e agora não só ficou loira, como também possui poderes de um X-Men incríveis. Confesso que o núcleo dela (Chinatown) foi o que me chamou menos atenção, mas com certeza ela será peça chave para essa temporada.

É realmente animador ver tudo o que aconteceu nesses dois episódios quando nos lembramos das poucas expectativas criados pela última Season Finale. Espero que a série continue surpreendendo e que ela dure bastante tempo, porque essa reviravolta no enredo (um novo e mais poderoso inimigo) é uma ideia que merece ser muito explorada.

OBS. 1: Tomara que não tentem criar um clima entre Meggie e Ben, seria ridículo.

OBS. 2: Para quem já não gostava da Lourdes, essa temporada veio só pra confirmar que estavam certos.

OBS. 3: Três temporadas depois e o Pope ainda tenta parecer vilão? Tá na hora de aceitar que ele é amigo do Tom e do Weaver e parar com essa besteira.