[Crítica] A Onda da Vida - Uma História de Amor e Surf
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Olá, leitores! Hoje (03/07) estreia o filme brasileiro A Onda da Vida - Uma História de Amor e Surf, de José Augusto Muleta e Raphael Gasparini. Segue a sinopse:
Os amigos Caio, Tiago e Joel caem na estrada em rumo às belas praias de Itacaré, no sul da Bahia, para surfar. Após sete horas de viagem, o carro quebra e eles investem todo o dinheiro que têm no conserto do veículo, que só ficará pronto em dois dias. Nesse meio tempo, acabam descobrindo um paraíso ecológico no Espírito Santo, com belas praias e ondas perfeitas. Na comunidade simples, os meninos entendem o valor da amizade e aprendem com a solidariedade dos moradores, enquanto Tiago se apaixona pela filha de um mal encarado pescador e se depara novamente com os perigos do amor – que ele já havia encarado em uma outra viagem.
A Onda da Vida pode ser considerado um filme médio em todos os seus quesitos de produção. O filme conta com atuações medianas; o elenco principal – Caio Vaz (Caio), Guilherme “Tripa” de Souza (Joel) e Omar Docena (Tiago) – consegue passar um pouco mais de naturalidade em sua atuação, entretanto, o elenco secundário transmite certo desconforto ao telespectador, uma atuação forçada como se o ator/atriz não estivesse feito as pazes com a câmera.
Contudo, o roteiro também não ajuda. Os personagens são fracos, pouco carismáticos, além de mal construídos e suas histórias mal exploradas. Falta um misto de peculiaridade, personalidades bem definidas e complexo nos mesmos. A história que se apresenta em frente aos nossos olhos também não adiciona. As situações que ocorrem são confusas, faltando acrescentar e muito nas tantas cenas sem diálogos para que elas possam ser consideradas ótimas. Além do mais, as mesmas que possuem falas acabam por não acrescentar no longa-metragem, já que estas são mal trabalhadas. A ideia que se passa é que o roteirista ficou perdido em sua própria storyline e também em suas cenas que não transmitem boa coerência.
A direção cinematográfica acerta em alguns planos que são bonitos e contemplativos, no entanto, peca em algumas cenas onde poderiam ser mais exploradas, mas a sensação transmitida é a de que o próprio diretor não tem muita saída devido ao roteiro deficiente e pouco sólido. A fotografia e a edição trabalha com aquilo que possui, o que não é muito. A sonoplastia parece ser a única que realmente acerta durante todo o filme, utilizando uma trilha sonora que combina perfeitamente com as situações.
A Onda da Vida é, em resumo, um longa-metragem superficial. Falta mais profundidade em sua história, personagens melhores construídos, e, claro, coesão e coerência ensinados na aula de redação. Uma hora e trinta minutos que não conseguem manter o telespectador sentado na cadeira realmente interessado no que se apresenta diante de seus olhos. Uma história pobre de elementos construtivos.