[Review] The Good Wife 5x20 - The Deep Web

Girando em círculos.

A melhor parte de assistir The Good Wife é ver o desenvolvimento de sua história. Embora a quarta temporada tenha sido, em sua maior parte, um grande deslize, fomos surpreendidos com a qualidade do roteiro quando a série voltou. De fato, a volta por cima foi tão grande que muitas pessoas decidiram retomar com a série e ver com seus próprios olhos. Mas agora estamos chegando à reta final, e em apenas algumas semanas a série irá terminar, já sendo possível ver os arcos se fechando para um grande desfecho. É engraçado falar isso, pois um ano atrás as pessoas estavam jogando pedras ou xingando horrores no twitter, e hoje são bem poucos os que não estão gostando de como a série se desenvolveu até agora.

Na Lockhart/Gardner (e Canning), Diane vem em uma espiral de suspeitas contra seus sócios dentro da firma. Uma flor ali, uma secretária repassando telefonema aqui, encontros em reuniões que ela deveria ter sido convocada mais não foi. Essas são pequenas nuances que se juntam e formam um clima Machadiano e te deixa alerta assistindo o episódio. Eu sempre amei esse “senado romano” dentro do escritório. Esse tipo de tensão sempre esteve presente na série, quem esfaqueia quem pelas costas, ou tenta puxar o tapete. O protagonista desse tipo de coisa sempre foi David Lee, que nunca mediu esforços para chegar onde quer, mas se prestarmos atenção, desde a primeira temporada The Good Wife sempre explorou esse tipo de relacionamento, com a Alicia competindo com o Cary pela vaga na L.G.

Falando em competição, Finn Polmar está com tudo para ganhar o coração dos fãs. Além de ser um personagem muito fofo, o roteiro o está desenvolvendo muito bem, a sua introdução dentro da série foi primorosa e, pasme, eu me importo com ele.  Em minha opinião, uma forma de matar dois alvos com uma pedrada só seria o Eli sendo o Chefe da campanha do Finn para Procurador Geral. Pensem bem: o personagem está muito apagado já faz uma temporada, a melhor forma de reascendê-lo seria o colocando onde nós já sabemos que funciona, num escritório de campanha.

A nossa querida boa esposa teve a oportunidade de tirar um dia de folga. Mas para uma pessoa tão ligada ao trabalho quanto ela, às vezes fica difícil se desvencilhar e apenas aproveitar o momento. Eu vi muita gente criticando - ou elogiando - a atitude da personagem em não entrar no bar. Eu, Igor Irani, em minha opinião, não penso que aquele era o momento certo dela tentar entrar em um novo relacionamento amoroso. Mas isso não significa que ela não pode flertar ou falar com outras pessoas bonitas do sexo masculino. Feliz também foi a decisão de deixar as lágrimas rolarem, muitas pessoas não entendem que para superar a tristeza, é primeiro preciso deixar extravasar tudo.

O caso da semana foi excelente e muito bem trabalhado. A “deep web” sempre foi um lugar místico para os usuários comuns, realmente parece muito difícil que possa haver uma Amazon do crime, onde você pode encomendar assassinatos e sequestros. Porém, diferentemente da maioria dos casos jurídicos da série, nós não tivemos muito tribunal, a coisa toda foi resolvida no escritório da L.G.

Observações:

- Quero aqui dar os meus parabéns, de pé, aos roteiristas cretinos de The Good Wife e a sua maneira sutil de incluir todas as séries que irão concorrer com ela no Emmy. Gente, ou eu estou MUITO errado, ou já faz cinco episódios que True Detective tá passando na TV da Alicia, tá muito canastra esse roteiro!

- Veronica sempre cretina marcando encontro depois de almoço com a filha.