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[Review] The Good Wife 5x19 - Tying the Knot

Nem todos conseguem ser multitarefas.


Nem todos conseguem ser multitarefas.

Algo muito especial ocorreu em The Good Wife nesta semana. Não, ninguém foi morto no tribunal ou abriu sua própria firma. “Tying the Knot” abriu as portas do set de filmagens para um homem que não estava mais trabalhando ali. Quem prestou atenção nos créditos, percebeu que o nosso querido Josh Charles dirigiu esse episódio da série, dessa vez do outro lado das câmeras, dando um toque íntimo à trama e aos personagens, e, aliado ao roteiro, fez com que o 19º episódio da quinta temporada fosse um dos mais especiais da série.

É chover no oceano dizer que The Good Wife está sensacional. Mas existe um consenso de que os episódios maravilhosos, você sabe, aqueles que te mergulharam numa montanha russa de emoções, te afogam num rio de lágrimas ou te deixam extasiados de tanta alegria, estavam vindo de cinco em cinco. Primeiro Hitting the Fan (5x05), seguido por The Decision Tree (5x10) e, logo após, Dramatics, Your Honor (5x15). Mas e os que ficam no meio disso tudo? Eu estou falando agora dos episódios que se sobressaíram dos demais, mas não necessariamente mudaram os rumos do roteiro. Nós tivemos o excelentíssimo, mágico, sentimental e tocante The Last Call (5x16), um dos melhores da série, mas que teve pouquíssimos diálogos. E agora nós tivemos “Tying the Knot”, um episódio que não fez ninguém chorar, não fez ninguém gritar de emoção ou de felicidade, não teve nenhuma cena impactante ou absurdamente dramática, mas que em sua própria simplicidade, em um fantástico caso da semana, com a ajuda da direção, do roteiro e dos atores, se transformou em um dos melhores da temporada.

Mas Igor, por que foi tudo isso? Primeiro: Colin Sweeney. O melhor convidado especial de todo o universo e dimensões, Colin consegue mudar TODO o clima de um episódio. Podemos estar vindo em uma maratona de alegria, felicidade, arco-íris e ursinhos carinhosos, Sweeney é o homem que vai queimar, colocar num forno e fazer docinhos com recheio de sangue disso tudo, além, é claro, de te convidar para um chá. O seu cinismo e a sua ambiguidade faz as suas participações as mais enigmáticas da série. Ele matou, não matou? Aquilo foi uma confissão? Uma brincadeira? São as perguntas e a falta de uma verdade absoluta que fazem as suas aparições ótimas.

Dessa vez , Sweeney “esqueceu” de assinar um contrato com a F&A, o que obrigou a Alicia a ir a casa dele. Como visto durante o episódio, isso não passou de uma manipulação por parte dele para que a sua advogada pudesse servir de álibi, porque, afinal, sua esposa tinha que matar uma mulher para que o casamento finalmente ficasse forte. Os diálogos entre Alicia e Sweeney sempre foram maravilhosos, dessa vez não foi diferente. Porém, quero ressaltar a cara da Alicia quando a noiva do Sweeney disse que matou a garota. Foi impagável! Eu sempre amei essas interações entre esses personagens subversivos e a Alicia, porque ela é, primeiramente, a advogada deles, e, tecnicamente, tem que resolver quaisquer problemas que surjam e envolvam seus clientes, mesmo que eles sejam assassinos e traficantes.

O que também achei muito interessante neste episódio foi o desenvolvimento do Finn Polmar, um personagem que promete muito no futuro. Agora que ele é candidato a Procurador Geral, há inúmeras possibilidades de arcos envolvendo os outros personagens políticos da série, e como estamos na reta final da temporada, me parece que ele terá algum papel importante na Season Finale.

Observações:

- Sinto saudades de um grande antagonista na série, mas acho que como estamos quase no final, fica para a próxima.

- Só com muita maconha para aguentar Zach!

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