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[Review] The Vampire Diaries 5x18 - Resident Evil

Ah, o Universo...


Ah, o Universo...

Na estreia de Paul Wesley como diretor, que, em minha opinião, não utilizou de nenhum artifício extraordinário, embora também não tenha decepcionado, o episódio não poderia ter sido mais Stelena. Até quando tentou ser Delena, ele acabou sendo Stelena. Co-escrito pela mais instável das Stelenas, Caroline Dries, que não mede esforços para concretizar seu ship novamente, mesmo que isso signifique sacrificar coerência da história ou estragar personagens, Resident Evil apresentou uma proposta muito interessante e com um desenvolvimento muito melhor e mais agradável que seus antecessores. O problema, no entanto, persiste. Por mais que eu, declaradamente Delena, tenha apreciado todas as cenas da realidade alternativa e todos os bons momentos do casal, incluindo a cena em que declaram seu amor um ao outro, não posso deixar de ressaltar o quanto TVD poderia estar muito melhor se resolvesse a situação do triângulo amoroso de uma vez por todas.

Torra tempo de tela, torra nossa paciência e extingue nossas esperanças de um futuro positivo para a série. Sei que é chato comentar isso quase toda semana, mas não há outra maneira de mostrar o descontentamento com a situação. A série fora renovada para a sexta temporada, que poderia muito bem ser a última, e parece não ter material suficiente nem para finalizar a quinta. Porque apelar para a (des)construção de casais parece uma maneira desesperada de encher espaço - aqui também inclusas quaisquer tentativas de reunir Caroline e Tyler. Em resumo, tudo o que eu queria é que fosse resolvido. Se é para Elena ficar com Stefan, que fique e não mudem nunca mais. Se for para ficar com Damon, do mesmo jeito. Mas confesso aqui para vocês que a possibilidade que mais me atrai seria a terceira opção: Elena não ficar com nenhum dos dois. Sinceramente, a partir dessa temporada, Damon começou a demonstrar umas crises mimizentas que estão insuportáveis. Coincidentemente (ou não), Stefan, longe de Elena, veio apresentando sua melhor fase. Essa mulher estraga as pessoas, então.

Outra consequência do "elenacentrismo" é a ociosidade de metade (ou até mais) dos personagens, como os irmãos bruxos, mais uma vez adornando a série com suas presenças, e Caroline aparecendo no máximo como alívio cômico, juntamente com Enzo. Por "sorte", temos um plot principal. Em muitas cenas deu para sentir um gostinho de terceira temporada, ao revisitar a trama do outro lado, agora em colapso. E isso foi muito bom de ver, principalmente pela forma como desenvolveram a trama até aqui. De uma maneira que fazia tempo que não acontecia, fiquei curioso para saber o que vinha a seguir e qual será o destino do outro lado. O meu medo é que ele venha a romper e, assim, teremos um segundo episódio sobre o assunto, além daquele no final da quarta temporada (The Walking Dead), com a contenção dos danos. Enquanto isso, com o ressurgimento do novo vilão, que causou essa vulnerabilidade no outro lado, a série ganha novas possibilidades.

Markos tem características interessantes. Ao contrário de todos os vilões de TVD, que sempre são humanizados com o tempo, ele já de começo não parece ser polarizado como os outros. Ele é calmo, focado e sério, diferentemente do habitual tom sarcástico adotado anteriormente por Klaus e até Silas. A prova disso é ter retirado facilmente as visões que Elena e Stefan estavam tendo, como se fosse mensagem do Universo, sendo, talvez, uma maneira de dizer que só quer restaurar o bem de seu grupo - porém, haverão obstáculos, claro, e possivelmente o casal está incluído neles. Nessa parte a série me surpreendeu por fazer algo que aconteceu na segunda temporada e que funcionou bem: desmitificar a mitologia que a série mesmo criou. Acho que pelo ritmo lento e nossa pouca fé na série, pouquíssimos devem ter duvidado dessa história toda do Universo, sendo uma boa surpresa em tempos tão difíceis.

O que acho mais engraçado é que pelo jeito a trama também envolve a ocupação de Mystic Falls. Aliás, tudo acontece somente nessa cidade. Damon não poderia tê-la descrito melhor ao usar a alta taxa de mortalidade por motivos obscuros. Sabe-se lá mais o que vai acontecer... É capaz de até o outro lado romper só na cidade.

Enquanto isso não acontece, todas as cenas no ambiente foram ótimas. Gostei bastante de rever muitos personagens que não apareciam faz tempo e inclusive tive que rir quando Kol delegou uma função a Matt, como se ele fosse capaz de resolver alguma coisa. Seu reencontro com a irmã foi bem rápido e o ator, infelizmente, não conseguiu transparecer toda a emoção que a cena precisava, mesmo que houvesse pouco tempo para isso. Rever Carol, sempre sumida na série, também foi bom. Esta é outra personagem que poderia aparecer mais, mesmo que seja para manter uma cota de núcleo "adulto" na série (isto é, contando que os protagonistas, em seus 30 anos de idade, são adolescentes). Com um papel tão importante que ela tem na cidade, deveria aparecer muito mais.

Ainda com muitos personagens subaproveitados e sem Katherine (ainda não superei, desculpem), TVD conseguiu fazer um ótimo episódio. E, mais uma vez, este também deu a impressão de que é preparatório, mesmo que algumas coisas tenham sido reveladas. Espero que não decepcione.

Bom feriado para vocês e até semana que vem!

P.S.: Gente, na minha faculdade é obrigatório ter 75% de presença. Como será que funciona no universo de TVD? Porque Elena nem na cidade da faculdade está... Aposto que ainda vai passar!

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