[Review] Grey's Anatomy 10x15/16 - Throwing it All Away/We Gotta Get Out of This Place

Estamos próximos da reta final deste décimo ano de Grey's Anatomy e, sem dúvidas, já vimos muito até aqui. O retorno da série em 2014 vem se mostrando cada vez mais estranho. No bom sentido, claro, mas ainda assim estranho. A impressão que tenho é que toda a primeira metade da temporada foi um grande experimento de Derek sobre Alzheimer, sofrido então por todos nesta segunda parte.

Finalmente um episódio dedicado ao eterno chief. Assim como Bailey (que está no ápice dos ápices em questão de subaproveitamento), Richard Webber sempre foi o cérebro, os braços e as pernas para muitas histórias desde a época do saudoso Seattle Grace Hospital. Exceto pelo plot do alcoolismo, todas as tramas que envolveram Webber sempre nos fizeram manter o respeito e admiração que possuímos pelo personagem. Após os últimos acontecimentos, a posição de "conselheiro" dos internos era um tanto quanto desconfortável, já que o seu papel de "babá" para as burradas realizadas pelos aprendizes estava bem over. Agora, com a nova proposta de Hunt, o cargo de chefe do Programa de Residência me encheu os olhos, confesso. Se em todos estes anos o nosso olhar ainda se curva com a presença de Webber em cena, nada melhor do que tornar-se um novo chief para renovar aquilo que ele sempre foi: um grande líder.

Callie, por outro lado, vem testando a paciência de tudo e todos. Acho que sua meta atual é brigar com uma pessoa por episódio, e assim conseguir tudo que quer. Foi assim com Arizona - culminando em uma das cenas mais bonitas que já vi entre as duas ultimamente -, foi assim com Derek. Quem será o próximo? Brace yourselves. O fato é que o casamento Callzona aparenta ter chegado a um delicado ponto de equilíbrio, trazendo de volta, inclusive, uma Arizona leve e descompromissada. Aquela dos tempos de tênis de rodinha e sorrisos gratuitos e sinceros pelos corredores.

Throwing it All Away (que deveria ter se chamado Legs, pela quantidade de vezes que fizeram questão de que víssemos que Arizona usa uma perna mecânica, vejam só), trouxe a evolução que Robbins precisava para seguir em frente. Minha esperança é que um grande passo dado para a frente não signifique dar dez passos para trás no futuro. E ainda sobre Callie, espero sinceramente que a personagem melhore. Sim, melhore. Não dá pra aturar tanta confusão e mau-humor assim. Além de a personagem não ter dado o melhor de si há muito tempo, ainda a juntaram com o plot bem sem sal de Derek e a Casa Branca. Não consigo absorver e muito menos me importar.

Aliás, deem a Derek algo de que nos lembremos depois. Todas as pesquisas mirabolantes do personagem acabam se perdendo pelo caminho, e é difícil se recordar de algo ligado aos seus grandes feitos. A pesquisa do Alzheimer levou chá de sumiço; a nova pesquisa envolve coisas que extrapolam a estratosfera da série, levando o neurocirurgião cada vez mais para longe do restante da história e dos outros personagens. Ainda que Torres tenha se tornado parceira, acho difícil que a coisa toda ande, confesso. Vejo tudo isso como algo do tipo "Olha, precisamos mostrar que ele é o melhor. Vamos envolver o presidente dos EUA e está tudo certo." Não, não está. Pelo menos não para mim. Sinto falta do Derek professor, de um Derek com casos cirúrgicos esdrúxulos... Não sei no que isso vai dar, mas também não sei sinceramente se quero saber.

P.S.1: Catherine Avery, não te aguento. Sério. Você pode não aparecer mais?

P.S.2: Meredith, minha filha... vamos trabalhar e deixar de invejar o trabalho alheio. Ser "A Filha de Ellis Grey" não vai desenvolver sua pesquisa por você.

P.S.3: Cristina e Owen, vamos parar esse lenga-lenga? Eu quero ação.

P.S.4: Claro que vou elogiar a trilha sonora de novo. Claro. E se vocês não sabiam, saibam agora que toda a reta final da série será embalada por covers de grandes músicas dos anos 80, segundo noticiou o Hollywood Reporter. Esperem mais coisas boas vindo por aí!

Músicas Inspiradoras dos Títulos

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