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[Review] The Walking Dead 4x09 - After

Reaprendendo a sobreviver.


Reaprendendo a sobreviver.

Após os eventos chocantes do episódio passado, The Walking Dead retorna para a parte final de sua temporada. A batalha na prisão e suas consequências não foram esquecidas. Michonne deu o tom de despedida do local que abrigou os sobreviventes por tanto tempo ao dar um fim definitivo a Hershell. O corpo do Governador caído e rodeado de zumbis também deixa claro que tudo aquilo estava ficando para trás. A segurança da prisão não é mais uma opção. Os que sobreviveram ao ataque do Governador agora tem que voltar para a estrada, sempre misteriosa e nunca um lugar tranquilo. Nesse retorno, tivemos um episódio típico de The Walking Dead focado somente em três personagens, o que permitiu uma certa profundidade à questão abordada nesse episódio: reaprender a sobreviver após mais uma tragédia.

Não houve ação, não a menos no sentido que todos esperam. Houve observação e exploração, principalmente de Carl ao explorar as residências ao redor do abrigo improvisado, ao encontrar livros e videogames que nunca mais irão ligar. Os obstáculos gerados pelos zumbis ficaram de lado, submersos na questão da relação entre pai e filho após a suposta morte de Judith. O pai protetor tem que lidar com um filho que não precisa mais de proteção. 

Se Rick ouviu as duras verdades proferidas pelo filho, não podemos saber, mas percebemos no desabafo de Carl que todo o sofrimento do garoto vinha sendo acumulado e foi liberado agora, canalizando a culpa de tudo em Rick. E assim, para provar que não precisa do pai que o decepcionou, o garoto se põe à prova desafiando os zumbis, fingindo que tem controle de situações que na verdade não tem. Mas Carl sentiu falta da bala que desperdiçou, como Rick sabiamente alertou no inicio do episódio, porém sobreviveu ao zumbi (com a expressão mais maligna já vista no rosto de um zumbi nessa série) e deixou registrado na porta o seu feito. Tudo isso desaba quando Carl pensa que seu pai virou um zumbi. Ali ele cede a verdade de que não pode fazer tudo sozinho, mas nesse momento Rick reconhece como o filho cresceu desde que tudo começou. 

Enquanto isso, assistimos a jornada de Michonne em busca de seu grupo. Seu silêncio já é uma marca tão forte quanto sua espada, e é perfeitamente compreensível entendê-la a partir daquele sonho misturado com flashback. Michonne perdeu sua família e isso a calou. Ser a única sobrevivente também a faz sentir culpa, e ver alguém parecida com ela como walker a enfurece numa das melhores sequências do episódio. Não à toa Michonne é uma das melhores personagens da série. 

Após tantos momentos introspectivos, o reencontro entre ela e Carl ficou para depois, mas com o grupo voltando a se reunir, a história deve ganhar um novo rumo, porém sabemos que o melhor sempre fica para o final. Por enquanto lidamos com esses episódios, que eu gosto quando trazem algo a mais sobre os personagens, e isso After fez bem. Um retorno calmo após eventos explosivos era previsível, porém é importante dar um novo foco à série. Lamentar os mortos é algo constante, e relembrá-los também, como Shane foi, mas é a relação entre os que estão vivos é que move The Walking Dead e é isso que aguardo nos próximos sete episódios da temporada.

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