[Review] The Vampire Diaries 5x12/13 - The Devil Inside/Total Eclipse of the Heart

Retomada de plots e novos rumos para a série.

Antes de começar a comentar esses dois episódios, queria pedir desculpas pelo atraso das reviews. Posso garantir a vocês que não foi por falta de vontade ou porque os episódios foram ruins. Pelo contrário, conseguiram ser ótimos no que se propunham a fazer. 

The Devil Inside foi um episódio mais divertido e cheio de bons diálogos que lidou com as consequências diretas do centésimo episódio. Katherine começa a se adaptar ao novo corpo e definir seus objetivos, que, patrocinado pelo Universo, continua sendo a boa e velha tentativa de conquistar Stefan, agora sem correr o risco de ser caçada por seus inimigos. Ele, por sua vez, ao contrário do que eu esperava, continuou sustentando sua pose mais madura e em muitas cenas parecia um adulto cuidando de um bando de adolescentes – isso vindo de alguém que odiava o personagem e suas frescuras, implicâncias e romantismos. O melhor de sua nova fase é que ele aparenta ter seguido em frente, representando um sintoma de mudança na série a partir da quebra do triângulo amoroso o qual ela carregou por cinco temporadas. Meu palpite, claro, continua sendo o de que ele vá terminar a série com Katherine, o que supostamente interromperia a necessidade do Universo de unir as cópias e, assim, Damon e Elena ficariam juntos. 

O episódio também garantiu ótimos e agradáveis momentos. Se não bastasse Katherine ter que rebolar para não ser descoberta, típico plot sobre irmãs gêmeas que trocam de lugar que todo mundo adora mas ninguém assume, o assunto da vez era, assim como no universo do fãs de TVD, a concretização de Klaroline. O tal evento rendeu muitos momentos engraçados, como nos quais Caroline surta ao achar que alguém descobriu seu scandalous sex, embora tenha sido prejudicial para seu relacionamento com Tyler (estão conseguindo ver o sorriso no meu rosto enquanto escrevo isso?). Porque a briga deles não foi engraçada, foi motivo de comemoração! Para o episódio ter ficado melhor, bastava não termos recebido a notícia de que Tyler descarregou suas malas em Mystic Falls. Em minha opinião, ele é atualmente o personagem mais chato e descartável de TVD. Nem mesmo o Matt, que agora, por ser o único humano, serve de fantoche para os vampiros, consegue ser pior que ele. Até April, porta-voz do icônico “Vocês viram a Rebekah?”, era mais legal que o Tyler. Ele bem que podia ter ficado lá em New Orleans.  

Em contrapartida, assegurando o posto de rainha da série, Katherine, agora com muito mais destaque do que em qualquer outro momento da série, estava impecável. Ela perguntando ao Matt o que era ou não típico de Elena foi hilário, principalmente quando falou do cabelo. Mudar a senha do celular de Elena é a prova de que sua trollagem não tem limites. A personagem é muito bem construída e, mesmo que a maioria não goste da sua filha, acho que Nadia e ela formam uma boa dupla, embora esteja longe de considerá-las como mãe e filha. Enfim, um episódio excelente que, por motivos diferentes, conseguiu ser tão bom quanto seu antecessor. 

O primeiro episódio 100% sem Elena, Total Eclipse of the Heart, tinha alta probabilidade de ser um dos melhores da temporada, porque poderia marcar o retorno de Damon bad boy que conhecíamos, mas foi um pouco... estranho. A começar pelo comportamento do próprio personagem, que foi um pouco distante do que eu acreditava que seria. Todo o papo de que Elena tinha mudado ele foi pelo ralo. Pensei que Damon voltaria sim a ser agressivo, mas de uma forma diferente da que conhecemos ele lá da primeira temporada. Dessa forma, assim como um vício nunca superado, Damon voltou a ser inteiramente inescrupuloso, sem nenhum sinal de mudança da influência amorosa, o que instituiu total regresso no histórico do personagem. O fato de ele estar disposto a matar qualquer um próximo de Elena, já que agora o namoro está acabado, confirma o retrocesso. É um tanto infantil da parte dele, mas tudo é justificado pela presença de Enzo, a personificação do seu passado, que o influenciou negativamente. Só espero que não seja por muito tempo.

O plot sobre Augustine e os Viajantes foram retomados. O objetivo dos dois grupos ainda é obscuro, então não há conclusões sensatas a respeito da parceria dos dois, a não ser a de que tudo foi bem conveniente. Na verdade, foi uma maneira de tentar negar a ineficácia da trama sobre Augustine, que teve alguns problemas de desenvolvimento no decorrer da temporada. Prova disso é o assassinato de Aaron, que foi facilmente descartado porque já não tinha razão para ele continuar na série. Nesse núcleo, pelo menos, decidiram arriscar bastante ao aplicar a dose Augustine em Damon. Juntamente com o fato de Katherine ter apoderado completamente do corpo de Elena, são fatos como esse que provam que, embora não tenham a mesma habilidade de desenvolvimento de tramas da segunda e terceira temporadas, a quinta temporada soube aproveitar chances para arriscar. É possível que venham soluções simplistas para os dois casos, como um antídoto ou uma bruxaria (ainda mais com o surgimento de uma nova personagem bruxa em cena, e que se diz dotada de poderes os quais ela não consegue controlar), mas fico satisfeito pela experiência, ou pelo menos pelo susto. 

Como sempre, as caras e bocas de Katherine fingindo ser Elena são a melhor parte. Ela fingindo que se importa com Jeremy foi impagável. E ainda tentou demonstrar que não estava contentíssima de Damon cair fora. Quer dizer, não é como se ele fosse realmente embora, porque já perdemos a conta de quantas vezes disseram isso na série e de fato não ocorreu. Espero que os próximos episódios sigam essa linha, que sejam audaciosos, mas, principalmente, que consigam aperfeiçoar as tramas da temporada. Não em questão de romance, como colocar Stefan e Caroline juntos, por exemplo. Já chega de mexer nos casais. Refiro-me à mitologia, cada vez mais em falta. Do contrário, péssimos números de audiência como o desse episódio podem se repetir.

TVD terá uma pausa de duas semanas, e volta no dia 27 de fevereiro com o 14º episódio da temporada, No Exit.