loggado
Carregando...

[Top 5] Os Melhores Filmes de Gene Hackman

O aniversariante e homenageado da vez.


O aniversariante e homenageado da vez.

Aqui começamos a nossa série especial, dentro da categoria dos Top 5, dedicada a homenagear as carreiras de grandes artistas do Cinema e da Televisão, onde escolheremos sempre os cinco trabalhos mais marcantes de sua carreira de acordo com o tema abordado, e cujas edições serão especialmente lançadas na data de aniversário ou com a proximidade de um novo lançamento do mesmo chegando aos cinemas brasileiros. Já que este ator não nos presenteará mais protagonizando novas produções, escolhemos a data em que Gene Hackman completa 84 anos para começar nossa série em grande forma com aqueles que consideramos os cinco melhores filmes de sua carreira - mesclando não apenas a qualidade dos filmes, como também a consideração do trabalho do ator nos mesmos.

Norte-americano nascido no estado da Califórnia em 30 de janeiro de 1930, Eugene Allen Hackman - para os mais próximos, Gene Hackman - começou sua carreira no início da década de 1960 com pequenas produções cinematográficas e televisivas, até ascender e ganhar seu primeiro papel em um grande filme, com Bonnie e Clyde - Uma Rajada de Balas, em 1967, garantindo sua primeira indicação ao Oscar, embora ali ele ainda não tivesse recebido uma grande chance como protagonista. A notoriedade, realmente, veio apenas quando começara a década de 1970 - marcante pela chamada era da Nova Hollywood -, quando o californiano ganhou seus primeiros papéis protagonistas em grandes produções e duas indicações ao Oscar - com um prêmio conquistado - ainda nos dois primeiros anos da década. Com o grande sucesso, o ator passou a representar os mais variados tipos de personagem - desde um xerife durão do faroeste clássico até um patriarca picareta numa comédia dramática de marcante estilo contemporâneo, passando por um vilão caricato em filmes de super-herói -, com inegável grande talento e versatilidade, ainda que seu reconhecimento nunca fosse tão grande quanto o de outros astros da época de seu auge - como Robert Redford, Jack Nicholson, Al Pacino e George C. Scott -, infelizmente, assim como também é triste constatar que, já há alguns anos, ele tenha decidido abandonar a carreira e deixar de nos agraciar com outros grandes trabalhos, tornando-se um ator extremamente saudoso, mesmo ainda estando vivo. De modo algum isto poderia significar que ele não tivesse recebido um reconhecimento ou deixado de fazer tantos grandes filmes e entregar grandes atuações como outros dos nomes citados anteriormente, como nossa lista poderá comprovar:


5. O Júri

Runaway Jury

Lançado em 2003 e marcado como o penúltimo longa estrelado por Gene Hackman, serve como prova de que, mesmo envelhecido, ele ainda era capaz de trabalhos inspirados. No thriller jurídico de Gary Fedler (Linha de Frente), o ator aqui homenageado encarna um inescrupuloso especialista em escolher e subornar jurados de modo a beneficiar a empresa acusada que estiver representando, mesmo sem envolver-se diretamente com o julgamento, no entanto, seu trabalho não será facilitado graças à presença do justo advogado Wendell Fohr (Dustin Hoffman, de A Minha Versão do Amor), que traçará um embate com o tal trapaceador para convencer o jurado Nicholas Easter (John Cusack, de Sangue no Gelo) a defender a justiça. Além de altas doses de tensão serem entregues pelo suspense, ainda temos todos estes nomes consagrados em grandes performances - o elenco ainda é completo por Rachel Weisz (Oz: Mágico e Poderoso) - e um inesquecível embate - marcado por uma sequência, facilmente lembrada por aqueles que já o assistiram - entre os personagens de Hackman e Hoffman, por si só capaz de revelar o quão talentosos são os dois artistas.



4. Superman - O Filme

Superman

No maior clássico entre os filmes de super-heróis, lançado em 1978, e que dispensa maiores apresentações, temos o ator interpretando o vilão Lex Luthor, que com suas habilidades para realizar malfeitorias, persuadir autoridades e se envolver em confusões, dará muito trabalho ao herói do título, consagrado por Christopher Reeve (Sem Suspeita), tentando destruir parte dos Estados Unidos para torná-lo um país de sua posse. Hackman repetiu o papel em duas das três continuações desta grande e inovadora produção, num personagem que pode ser tido como o mais conhecido entre os que interpretou. Basta apenas dizer que dificilmente teríamos, atualmente, filmes de super-heróis, caso não fosse por este, e seria igualmente improvável termos vilões que utilizam-se do humor para provocar ameaça, se não fosse pela performance de Gene Hackman no mesmo.




3. Operação França

The French Connection

Responsável não apenas por dar o primeiro Oscar a Gene Hackman - consagrando-o de uma vez no cenário hollywoodiano -, vencer outros quatro prêmios na cerimônia da Academia em 1972 - incluindo Melhor Filme - e consagrar também o grande diretor William Friedkin (Killer Joe - Matador de Aluguel) no Cinema, Operação França foi uma obra revolucionária, contendo elementos marcantes da era da Nova Hollywood, especialmente pelo realismo sujo como trata sua trama criminal e definindo um estilo seguido por inúmeras fitas pertencentes ao gênero policial até os dias atuais, não somente em termos narrativos, mas também por inúmeras inovações técnicas especialmente no que se refere às sequências de ação e à agilidade admirável da montagem. O protagonista da vez é o detetive Jimmy 'Popeye' Doyle, com seu próprio senso de justiça e sem muitos limites para completar suas missões policiais cotidianas, mas um incorruptível e competente agente da lei. Aqueles que pensam só haver filmes de ação movimentados e ágeis dos anos 1980 para frente, deveriam assistir a este longa-metragem.



2. Os Excêntricos Tenenbaums

The Royal Tenenbaums

Em outro dos últimos trabalhos, no ano de 2001, Gene Hackman protagoniza o melhor filme de Wes Anderson (Moonrise Kingdom), vivendo o patriarca da família que dá nome à produção, onde finge ter uma doença que o motivaria a voltar para casa após tantos anos e ser aceito pela família novamente, para passar seus últimos dias com os entes queridos e absolutamente disfuncionais. Claro, poderia ser apenas mais uma comédia de família disfuncional estrelada por um ator veterano - se fosse assim, o veterano provavelmente seria De Niro -, mas a habilidade com que o roteiro de Anderson e Owen Wilson (Os Estagiários) trata dos dramas particulares de cada uma das personagens é impressionante, envolvendo o espectador com cada um deles desde suas primeiras aparições até os últimos momentos da agradabilíssima jornada construída, mas especialmente com o picareta Royal Tenenbaum, que realmente parece acreditar em sua mentira e vive cada momento ao lado da família - por menos que seja aceito entre eles - com uma vivacidade única, empregada por Gene Hackman, claramente se divertindo e roubando a cena, de longe, em um elenco que ainda conta com Anjelica Huston (50%), Ben Stiller (A Vida Secreta de Walter Mitty), Bill Murray (Moonrise Kingdom), Luke Wilson (Encontro Maligno), Gwyneth Paltrow (Homem de Ferro 3), Danny Glover (Rebobine Por Favor) e o próprio Wilson - alguns deles, nos melhores trabalhos de suas carreiras.



1. Os Imperdoáveis

Unforgiven

Considerado um divisor de águas para o gênero western, tendo praticamente encerrado a era dos clássicos faroestes, esta obra-prima dirigida por Clint Eastwood (Invictus) - curiosamente, um dos maiores astros do gênero - em 1992, leva dois veteranos caçadores de recompensa, Bill Munny (Eastwood) e Ned Logan (Morgan Freeman, de Última Viagem a Vegas), a realizarem um último serviço, numa cidade distante e dominada por um temido e cruel xerife, Little Bill Dagget (Hackman, claro), disposto a qualquer coisa para afastar aqueles invasores dali e recuperar o controle e a justiça tradicional na pequena cidade. Podendo cair facilmente num faroeste rotineiro, o cineasta conduz o longa de forma perfeitamente melancólica, funcionando como um olhar para trás, um agradecimento e uma despedida àquele gênero que o consagrou, além de nos brindar com ao menos três personagens marcantes. Mas já que não estamos aqui para falar do diretor, Eastwood, e sim de Hackman, completo apenas dizendo que o ator entrega o melhor trabalho entre o elenco do longa, traduzindo excelentemente a raiva e rancor de seu Little Bill a cada uma de suas atitudes. Merecidamente, o ator levou seu segundo Oscar, desta vez como coadjuvante.

*****


Alguns títulos de preferência dos leitores certamente ficarão de fora da lista, mas os comentários estão aí para isto. Esperamos ter homenageado o grande Gene Hackman da forma como ele merece, na medida do possível.
Top 5 3819309369012171348

Postar um comentário Comentários Disqus

Página inicial item