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[Review] Sherlock 3x02 - The Sign of Three

O fim de uma era? Duvido muito.


O fim de uma era? Duvido muito.

Na review do episódio passado, quando eu mencionei o fato de que pela primeira vez Sherlock estaria utilizando o caso da semana como um Mcguffin para colocar o desenvolvimento dos seus protagonistas na frente da investigação em si, eu não estava esperando pela prova definitiva que veio na forma do excelente The Sign of Three. Outro ponto essencial para o sucesso desta segunda hora, é que pela primeira vez não tivemos o típico filler enfadonho entre a première e a finale – sim, não sou muito fã dos segundos episódios que já havíamos tido –, dando assim, um gás novo e surpreendente para trama. Se tudo isto já não fosse o suficiente, a premissa aparentemente cliché de trazer Sherlock surtando com a posição de padrinho do Watson, trouxe não só as gags mais divertidas em três anos de série, como também conseguiu nos emocionar graças a estranheza sempre magnética de Benedict Cumberbatch.

O que a gente deve concordar, no entanto, é que isto não seria possível sem Mary. A personagem que vem sendo vivida com todo carinho pela atriz Amanda Abbington (que é esposa do Martin Freeman na vida real) é uma das novas forças motrizes da série, sendo capaz de nos divertir tanto quanto os seus contrapontos masculinos. Nisto, a chegada do seu casamento com Watson, desponta com uma força bem maior do que a pretendida com os casos narrados por Sherlock no desde já icônico discurso para o melhor amigo. Mary agrada Sherlock, o detetive parece se divertir com os comentários espertos que ela sempre faz, Watson está feliz com os dois – a reação de Sherlock ao receber o convite do amigo me deixou com lágrimas nos olhos – e eu sinto muito, Sra. Hudson, mas estes três juntos vão refutar suas predições de que nada será como antes.

Com tudo tão bem montado, não demorou muito para as divagações de Sherlock pavimentarem um inusitado, complexo e por que não exagerado caso, que na verdade foram três. The Bloody Guardsman, The Mayfly Man – o melhor, por nos proporcionar a primeira bebedeira dos dois amigos – e a tentativa de assassinato na festa, podem sim ter tido uma conotação de coincidências forçadas, mas o mind palace ao vivo e surreal protagonizado pelo detetive foi tão bem dirigido e imaginativo, que eu me senti de verdade como um dos convidados ali no salão.

Depois da correria, da prisão do bad guy (desculpa aí Sherlock, mas descobri ele antes de você), e do último trecho do maior discurso de casamento que eu já vi, The Sign of Three deixou os personagens que a gente tanto gosta, viverem seus momentos. Eu me senti melancólico com a saída cabisbaixa de Sherlock, mas estava mais feliz por todos eles. E é por encontrar conforto nas últimas sequências, que eu me ponho na linha de frente de defesa à série. Não é por estar tentando se reinventar (e conseguindo muito bem, diga-se de passagem) que Sherlock mereça ser subestimada como eu já andei lendo por aí. Deixem o monstro da expectativa de lado, que a jornada planejada pelo Moffat e pelo Gatiss será muito mais prazerosa.

P.S.: Irene Adler no mind palace! Mas é claro que eu comemorei.

P.S.2: Sherlock com ciúmes de Watson e Mary consolando ele. É muitos pontos a favor para gostar mais e mais deste trio.

P.S.3: Os irmãos Holmes mantém a boa forma malhando ou dançando. Ri alto dos dois.

P.S.4: Um bebê vindo hein? Mas por favor, que isso não seja previsão para uma season finale triste.

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