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[Review] The Vampire Diaries 5x10 - Fifty Shades of Grayson

Não, não, não...


Não, não, não...

Não! Eu não acredito. NÃO ACREDITO. Estou inquieto, correndo de um lado para o outro. Foi uma montanha russa de amplitude inimaginável, com tantas chacoalhadas e altos e baixos que fizeram de um episódio comum uma experiência diferente. São tantas opiniões contraditórias, sem formar uma conclusão. Sinceramente, se me perguntassem neste momento a minha opinião sobre o episódio, se eu gostei ou não, não saberia responder. Então lhes convido a me acompanhar nessa jornada de descoberta nos parágrafos seguintes.

Antes disso, quero reafirmar minha posição em relação à série. Meus amigos, eu estou incluso no grupo que gostou da quarta temporada. Sim. Parece impossível, mas alguém nesse mundo estava lá, apreciando cada episódio, elogiando semanalmente nas reviews, dando notas elevadíssimas e, vejam bem, defendendo Julie Plec. Vocês não leram errado. Era basicamente aquele espectador que engolia 95% do que TVD fazia, tudo porque, como sempre repetia, a série não estava ruim. Estava lenta. O importante é que ela nunca havia feito merda. Só isso, gente. Não era pedir muito. Só não façam merda. Mas enfim...

Vamos começar... do começo. Damon saindo da prisão tão facilmente e, ao mesmo tempo, tão brilhantemente. Lindo. Abri um sorriso na hora, porque é assim que gostamos do personagem. Quando ele trabalha com cabeça, e não com o coração.

Daí partimos para um sequência de cenas e diálogos monstruosamente sensacionais, que, pelo que me recordo, incomparáveis e melhores que em qualquer outro episódio visto na série. Timing perfeito. Cada som que saiu da cavidade bucal dos três foi divertida e pontual. Desde Katherine saindo feito louca, trombando com a parede, para que Stefan não a visse de cabelos grisalhos até a interação com Damon, que demonstra nojo em relação ao casal. Desde o diálogo entre os irmãos até encontrar Aaron para ameaçá-lo. Tanto Ian Somerhalder quanto Paul Wesley estavam bem confortáveis em cena, principalmente o primeiro, que parecia se divertir mais do que o comum, causando a mesma sensação nos espectadores. E isso tudo foi muito agradável, descontraído - completamente contrário ao clima de tensão que se espera do último episódio do ano. Tudo perfeito.

Desconsiderando os flashbacks de Elena, que foram bem dispensáveis, já que ela não é a personagem favorita de ninguém e o propósito da cena era somente expôr os dois lados do pai dela - o torturador de vampiros e o salvador de vidas -, temos o tão aguardado encontro entre Damon e Enzo. Está certo que ele foi torturado e não estava em sua melhor condição ou estado de sanidade mental, além de querer buscar algum tipo de encerramento com Damon, mas se ele tinha pouco tempo de vida, já que precisava matar Damon logo e correr para tomar o antídoto, por que diabos ele enrolou tanto? Tomando isso como base, o confronto, que foi mais emocional do que físico, não atendeu as expectativas. 

E o Dr. Wes, hein? Estou pensando até agora nessa estratégia dele. Então ele manda o Enzo, que ficou anos bebendo um copinho de sangue, e acha que alimentando-o um pouquinho mais e mandá-lo atrás do Damon, ele conseguiria matá-lo? Ao menos, claro, que ele estivesse querendo ganhar tempo. Mas, como vimos que ele não dá a mínima para Aaron e que ele só queria transformar Elena numa sanguessuga de vampiros, essa não era bem a intenção dele. Aliás, qual a intenção dele? Experimento para lá, experimento para cá... Aonde ele quer chegar com isso?

Então vem a segunda decepção do episódio: Augustine. Quando o plot começou a ser desenvolvido, ele prometeu muito e cumpriu pouco. A tal Sociedade é tão secreta que só tem um membro ativo. Lembram da festa em que Katherine se passou por Elena? Supostamente era uma festa para esse pessoal secretíssimo, que nada faz. O Wes estava o tempo todo sozinho, sem ninguém para ajudar. No máximo apareceu uma mulher perguntando se estava tudo bem, e para jogar na cara que Elena Gilbert não é uma vampira. No final das contas, só ficamos conhecendo o Wes mesmo. E a trama que poderia muito bem ser explorada por toda a temporada foi pouco desenvolvida. Tudo tão raso que tenho minhas dúvidas de que vá chegar em algum lugar.

O que mais me chateou, no entanto, foi a parte dos casais. Eu estava vendo as cenas acontecerem e dizendo "não, não, não façam isso comigo!". Gente, estava tudo lindo, maravilhoso, perfeito. Por que eles foram mexer? Por quê? E o que mais me irrita é que tinha OUTRA coisa para desenvolver, e eles não o fizeram. Preferiram passar a perna na gente; inventar twist onde não era para ter. O Stefan poderia não perdoar a Katherine hoje, mas quem sabe amanhã, mês que vem, ano que vem ou na próxima década. Convenhamos, ela nem aprontou tanto assim. E Damon... Ah, Damon. Como disse, nós gostamos dele quando ele trabalha com a cabeça, e não com o coração. Sabe por quê? Porque ele fez merda. A Elena, que é a Elena, perdoou ele. Damon é apaixonado pela Elena e quer o melhor para ela. Mas Damon também é egoísta e quer sua própria felicidade. Se ele não mudou em relação a sua crueldade, como no caso Whitmore, por que somente nesse ponto ele mudaria? Simplesmente não faz sentido!

Já disse aqui várias vezes que TVD é uma série de romance, porém não somente sobre isso. Que volta e meia, lá estava o triângulo amoroso. Tudo tem limites. Se já mexeram com isso no final da quarta temporada, não precisa discutir relação de novo. E agora o quê? Vão forçar Stelena de novo? Antes se ela juntasse com Aaron, sua versão masculina, e fossem felizes para sempre. A vontade era mandar Julia Plec e Caroline Dries tomarem no...

Agora, acalmando um pouco os ânimos, após algumas doses de maracugina, podemos comentar a última facada do episódio. Katherine. Ri tanto com ela no episódio, que, como sempre, rouba a cena. Só ela mesmo para dar uma função para o Matt e achar que se exercitando bem e melhorando a alimentação conseguiria ganhar mais tempo de vida. As piadas com ela não ouvindo e enxergando direito foram excelentes, e sua interação com Nadia não poderia ter sido melhor. Se a filha dela soubesse o quão egoísta sua mãe é, que gostaria do perdão do Stefan em vez do dela, teria guardado o tapa para mais tarde, ou daria outro. 

Kath não merece mesmo a filha que tem. Porque essa solução que ela encontrou foi genial. Coisa que TVD está acostumada a fazer, e que deveria fazer sempre: usar a mitologia que criou. Como esse plot dos Viajantes não foi bem trabalhado, assim como eu disse na review do oitavo episódio, eis o momento ideal para aproveitá-lo.

Contudo, o que não podem fazer é nos enfartar e nos deixar na mão, loucos de curiosidade, para saber o que aconteceu com Katherine. A cena foi ótima. Quando ela decide que vai aceitar qualquer tipo de alternativa para viver, o Universo põe ela no chão. Se ela morreu mesmo, ao contrário de perder a oportunidade de transformar Elena numa arma mortal da Augustine, esta será uma das atitudes mais corajosas da série. Mas sei que ela não morreu.

Para terminar, a frase de Katherine: "I'm a survivor."

Até ano que vem, pessoal! Ah, não se esqueçam de comentar!

P.S.: O que foi o Matt contando a barra de vida dele? Nem a Nadia se importa...

P.S. 2: Dói dar menos de quatro estrelas para TVD, mas hoje não tem jeito. 
The Vampire Diaries 3919750236282378553

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