[Review] Once Upon a Time: Uma Jornada de Finais Felizes (A Temporada até aqui)
Um novo tempo se aproxima.
http://siteloggado.blogspot.com/2013/12/review-once-upon-time-uma-jornada-de.html
Um novo tempo se aproxima.
É chegado o fim da temporada dos “quase” em Once Upon a Time. Foram quatro
episódios acima da média em praticamente toda a sua totalidade. Nada de
invencionices bobas (ainda que o fantástico na série nem tenha mais limites),
poucos deslizes nos flashbacks e uma mid-season finale capaz de manter o
coração dos oncers numa apreensão
para lá de animadora. Toda a trama por detrás da origem de Pan foi soprada com
o toque de originalidade característico da série e praticamente não tivemos
quebra alguma de expectativas. Os Charmings
brilharam – no more mimimi do casal Charmosinho –, Rumples voltou a sua boa
e velha forma, coadjuvantes como Sininho e Hook continuaram roubando a cena com
bons momentos e é claro, a maior estrela da série (quem não acha, pode se
recolher) destruiu o coração dos fãs com as sequências mais emotivas desde
aquele empolgante finale da primeira
temporada.
Nada nos primeiros episódios deste ano, havia me
preparado para revelação que explicou o porquê de Peter Pan assombrar tanto Rumples
e ser o vilão definitivo em OUaT. Think Lovely Thoughts – acreditem quando
peguei a referência ao clássico jargão, eu me arrepiei – trouxe todas as
respostas necessárias sobre Neverland e seu temido governante. Pan ser o pai de
Rumples foi um twist tão bem
orquestrado e embasbacante, que tudo se encaixou instantaneamente para mim. Eu
sei que muita gente acha a vibe “tudo em família” da série, algo que
precisa de muita suspensão de descrença para funcionar, mas usem deste
artifício e vocês verão que tudo vai fluir bem melhor. Os flashbacks que tentaram conectar as linhas temporais, por exemplo,
deram credibilidade à ameaça de Pan, e aquele encontro na Ilha da Caveira que culminou com Henry dando o coração para o
vilão foi excelente justo por fazer mais sentido (tirando a burrice do
Charming mais novo, claro).
A Operação Henry, chegando ao máximo em Save Henry, foi outro ponto alto desta
reta final. Escolherem um casadinho de flashbacks
que trouxessem o começo do amor de Regina pelo garoto, com o desespero dela e
também de Emma para salvá-lo da morte em Neverland, foi tocante de verdade.
Todo o abuso que eu vinha sentindo de Emma foi embora nesta primeira fase do
terceiro ano. Jennifer Morrison
voltou a fazer um bom trabalho e o maior exemplo disto é que eu consegui me
comover com todas as cenas em que ela tomou a posição de líder. Os momentos que
antecederam a partida deles para Storybrooke rendeu destaque para Hook e
Sininho (que tem uma história juntos e quero mais disso aí) e promoveu um dos plots finais que foi a troca de almas
entre Pan e Henry. Foi meio bobo, porque não serviu de muita coisa e acho que
é justo este o motivo de eu ter achado The
New Neverland um fiasco quase que completo.
Por favor, me deem uma explicação plausível para os
sotaques dos dois garotos terem permanecido, ou mesmo só me digam: qual a
relevância para os flashbacks da lua
de mel dos Charmosinho que terminou numa caçada avulsa pela cabeça da Medusa? Se
não fosse as cenas fofas de reencontro, The
New Neverland seria fácil um dos episódios mais esquecíveis da história de OUaT. Felizmente, os momentos finais
resolveram logo o suspense meia-boca da troca de corpos e colocou Pan para
fazer um movimento final contra toda a galerinha de Storybrooke. Uma pena mesmo
foi a Fada Azul não ter continuado morta nisto tudo.
Eu sou só emoção quando uma série resolve trazer
elementos de sua origem, para dar um fim quase apoteótico a algo que a definiu
desde o seu começo. Going Home não
foi só sobre despedidas, foi sobre a essência de OUaT. Uma série que chegou para mostrar o que aconteceu depois dos “finais
felizes”, ou melhor, o que aconteceria se eles não existissem. Regina e Rumples
se estereotipando como vilões da forma mais poética e humana possível, só para
garantir o futuro daqueles que amavam, foi uma jogada do roteiro que conferiu
uma profundidade que poucas vezes eu vi nestes três anos de série. Tudo isto se
somou ao fim de Pan numa sequência em que finalmente Robert Carlyle e seu Rumples não pareceram tão over. O que também encheu todo o nosso coração de saudosismo foram
os flashbacks conjuntos, que nem se faziam
necessários, porém completaram a experiência como um todo.
A redenção de Regina na fronteira de Storybrooke é, desde
já, minha cena favorita de OUaT; teve
tanto significado e comoção, que se aqueles fossem os takes do series finale da
série, eu teria chorado como um bebê. A eterna Evil Queen quebrou a última maldição de Pan com algo oposto ao que
ela havia lançado na Floresta Encantada e novamente abriu mão do que ela mais
amava, só que agora para um bem maior. Não faço a mínima ideia de qual é o
perigo anunciado por Hook no cliffhanger
excelente do episódio, mas eu sei que por hora, a espera até março valerá a
pena, pois eu continuo conseguindo gostar de OUaT. De verdade e sem preconceitos.
P.S.: Conta outra história aí, Pan. Lealdade
uma ova, tu era gamadão no Felix que a gente sabe.
P.S.2: Depois do que Hook disse pra Emma
antes da maldição chegar, é shipper pra eternidade. #CaptainSwan
P.S.3: Não colocarei um R.I.P. para o
Rumples, por que é claro que ele não morreu.
P.S.4: Até março de 2014, oncers! E sem pausas
desta vez.