[Review] Masters of Sex 1x12 - Manhigh (Season Finale)
" You. "
http://siteloggado.blogspot.com/2013/12/review-masters-of-sex-1x12-manhigh.html
"You."
Há três meses tinha início uma série que, assim como seu tema, prometia muito. Com um elenco estelar, uma produção visivelmente aguçada e uma bela história para contar, Masters of Sex chegou para conquistar. Talvez, lá no início, quando saíram os primeiros vídeos promocionais, houvesse aqueles que se vissem no mesmo lugar em que nesta season finale se encontraram a maioria dos profissionais ao assistir aquilo que Masters tinha para falar. Mas com o poder de espantar todo e qualquer ceticismo, a série chegou para ficar. E não houve maneira melhor de encerrar sua primeira temporada de vida.
Manhigh era algo desejado muito antes de acontecer. Durante o desenrolar de cada história e de cada personagem, as expectativas para o que o final desta primeira fase teria a nos trazer foram imensas, e não nos decepcionamos. Como tema central - e não é para menos - tivemos o revolucionário estudo sobre a fisiologia sexual humana, de William Masters e Virginia Johnson. E se no início tudo parecia se encaminhar para o sucesso e brilho de Bill, o resultado se mostrou completamente diferente. E, sinceramente... que bom que foi assim. Somente por causa do que Bill passou tivemos sequências tão marcantes como as que vimos. Numa apresentação que poderia ter levado Masters a ser ovacionado e aplaudido de pé, faltou mais uma vez a percepção correta (que mais do que nunca sabemos que não faz falta somente à dra. DePaul). Até Libby foi capaz de perceber o quão ousado - e errado - foi mostrar aquelas cenas de uma maneira tão descompromissada. Além de profissionais da saúde, todos ali eram seres humanos, acima de qualquer coisa; dessa forma, ninguém era inocente ao ponto de não suportar ouvir falar sobre o tema abordado. Mas aí é que está: 'ouvir' e 'ver' parecem ocupar grandezas opostas numa equação final como esta.
Mas ainda por conta desse descuido leviano, o quão bonito foi vê-lo pôr sua própria carreira em risco para salvar a de Scully? Há algum tempo, Bill foi capaz de afrontar seu antigo mentor para poder levar para frente seus estudos, tocando numa ferida profunda demais. A homossexualidade de Barton foi um dos temas mais fortes abordados, e o sofrimento mútuo entre ele e Margaret foi de doer no coração. Por causa da opção dele, Margaret Scully nunca pôde sentir-se verdadeiramente e completamente amada pelo marido, e chegar a situação em que ela chegou é triste por demais. Por outro lado, temos o próprio Barton, que não foi capaz de aceitar aquele que realmente é por milhões de fatores: em respeito à esposa, em respeito à família, em respeito à sociedade, em respeito...em respeito... mas e o respeito a si próprio? É óbvio que é impossível não lembrar-se de acontecimentos reais recentes - em terras brasileiras mesmo - considerando um tratamento/cura gay como opção para o homossexualismo. É como tentar convencer um gato a voar. É como tentar convencer uma parede a ter vida. É se convencer de que algo tão absurdo deve resolver o que não pode ser resolvido. Espero ver muito mais disso tudo na próxima temporada.
E então chegamos a ela, uma das personagens mais fortes que eu já deva ter conhecido: Virginia Johnson. E temos que admitir que, se existiu um pilar para sustentar William Masters, ele tem o nome dela. Confiante, apaixonante, insistente e segura, Virginia deu a volta por cima e conseguiu se erguer em meio a tantas dificuldades. Sempre. Durante estes doze episódios, Gini foi uma verdadeira fênix em tudo que fez. Sofreu, teve dúvidas, amou... foi pedida em casamento. É uma pena que Ethan seja o homem mais sem tato do mundo para este tipo de coisa. Propor alguém por telefone? Coitado. Vai levar um belo de um chute logo, logo.
Muitos momentos me fizeram perder o ar nesta season finale. O maior deles: a apresentação do vídeo de Virginia. Meu Deus. Meu coração parou. O medo de o rosto dela aparecer tomou conta de mim, e acho que tenha tomado conta de cada um. Sem contar o sangue frio de William para negar para o mundo que aquela ali não era Virginia. Um sangue mais do que frio, mas congelante, a julgar pela última cena deste episódio. Finalmente aconteceu. Existe uma coisa sem a qual William Masters não consegue viver: Virginia Johnson. A "casa", para a qual Bill disse a Scully que iria, atende pelo nome da única pessoa que verdadeiramente se importa com cada segundo da vida dele, e com cada decepção que ele venha a passar (ainda que ele não se importe com as dela). "Você", Virginia. Aconteceu o que mais esperávamos, e o quanto ainda teremos que esperar para ver as coisas tomarem rumo. Além de esposo, Masters agora é pai, e o quão difícil tudo deverá se tornar daqui para a frente, ainda mais agora que sua carreira inteira foi por água abaixo.
Numa temporada impecável, eu diria, Masters of Sex se consolida como a melhor estreia desta fall season, e eu espero bastante que ela fature algo no Globo de Ouro. Ágil e caprichada, não posso estar mais feliz pela decisão de cobrir semana a semana uma história tão envolvente como a que vimos até aqui, e que promete ser ainda melhor. Será uma longa espera até a segunda temporada. A todos que me acompanharam nesta jornada, meu muito obrigada! Um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de coisas boas a todos. Até breve!
P.S.1: Jane e Lester, que lindos! <3
P.S.2: Favor darem um jeito no filho de Virginia. Nada que aquela criança diga ou faça me chama atenção.
P.S.3: Ver o início da descoberta dos anticoncepcionais e seus efeitos. Meu lado farmacêutica/pesquisadora sorriu feliz de orelha a orelha.
Manhigh era algo desejado muito antes de acontecer. Durante o desenrolar de cada história e de cada personagem, as expectativas para o que o final desta primeira fase teria a nos trazer foram imensas, e não nos decepcionamos. Como tema central - e não é para menos - tivemos o revolucionário estudo sobre a fisiologia sexual humana, de William Masters e Virginia Johnson. E se no início tudo parecia se encaminhar para o sucesso e brilho de Bill, o resultado se mostrou completamente diferente. E, sinceramente... que bom que foi assim. Somente por causa do que Bill passou tivemos sequências tão marcantes como as que vimos. Numa apresentação que poderia ter levado Masters a ser ovacionado e aplaudido de pé, faltou mais uma vez a percepção correta (que mais do que nunca sabemos que não faz falta somente à dra. DePaul). Até Libby foi capaz de perceber o quão ousado - e errado - foi mostrar aquelas cenas de uma maneira tão descompromissada. Além de profissionais da saúde, todos ali eram seres humanos, acima de qualquer coisa; dessa forma, ninguém era inocente ao ponto de não suportar ouvir falar sobre o tema abordado. Mas aí é que está: 'ouvir' e 'ver' parecem ocupar grandezas opostas numa equação final como esta.
Mas ainda por conta desse descuido leviano, o quão bonito foi vê-lo pôr sua própria carreira em risco para salvar a de Scully? Há algum tempo, Bill foi capaz de afrontar seu antigo mentor para poder levar para frente seus estudos, tocando numa ferida profunda demais. A homossexualidade de Barton foi um dos temas mais fortes abordados, e o sofrimento mútuo entre ele e Margaret foi de doer no coração. Por causa da opção dele, Margaret Scully nunca pôde sentir-se verdadeiramente e completamente amada pelo marido, e chegar a situação em que ela chegou é triste por demais. Por outro lado, temos o próprio Barton, que não foi capaz de aceitar aquele que realmente é por milhões de fatores: em respeito à esposa, em respeito à família, em respeito à sociedade, em respeito...em respeito... mas e o respeito a si próprio? É óbvio que é impossível não lembrar-se de acontecimentos reais recentes - em terras brasileiras mesmo - considerando um tratamento/cura gay como opção para o homossexualismo. É como tentar convencer um gato a voar. É como tentar convencer uma parede a ter vida. É se convencer de que algo tão absurdo deve resolver o que não pode ser resolvido. Espero ver muito mais disso tudo na próxima temporada.
E então chegamos a ela, uma das personagens mais fortes que eu já deva ter conhecido: Virginia Johnson. E temos que admitir que, se existiu um pilar para sustentar William Masters, ele tem o nome dela. Confiante, apaixonante, insistente e segura, Virginia deu a volta por cima e conseguiu se erguer em meio a tantas dificuldades. Sempre. Durante estes doze episódios, Gini foi uma verdadeira fênix em tudo que fez. Sofreu, teve dúvidas, amou... foi pedida em casamento. É uma pena que Ethan seja o homem mais sem tato do mundo para este tipo de coisa. Propor alguém por telefone? Coitado. Vai levar um belo de um chute logo, logo.
Muitos momentos me fizeram perder o ar nesta season finale. O maior deles: a apresentação do vídeo de Virginia. Meu Deus. Meu coração parou. O medo de o rosto dela aparecer tomou conta de mim, e acho que tenha tomado conta de cada um. Sem contar o sangue frio de William para negar para o mundo que aquela ali não era Virginia. Um sangue mais do que frio, mas congelante, a julgar pela última cena deste episódio. Finalmente aconteceu. Existe uma coisa sem a qual William Masters não consegue viver: Virginia Johnson. A "casa", para a qual Bill disse a Scully que iria, atende pelo nome da única pessoa que verdadeiramente se importa com cada segundo da vida dele, e com cada decepção que ele venha a passar (ainda que ele não se importe com as dela). "Você", Virginia. Aconteceu o que mais esperávamos, e o quanto ainda teremos que esperar para ver as coisas tomarem rumo. Além de esposo, Masters agora é pai, e o quão difícil tudo deverá se tornar daqui para a frente, ainda mais agora que sua carreira inteira foi por água abaixo.
Numa temporada impecável, eu diria, Masters of Sex se consolida como a melhor estreia desta fall season, e eu espero bastante que ela fature algo no Globo de Ouro. Ágil e caprichada, não posso estar mais feliz pela decisão de cobrir semana a semana uma história tão envolvente como a que vimos até aqui, e que promete ser ainda melhor. Será uma longa espera até a segunda temporada. A todos que me acompanharam nesta jornada, meu muito obrigada! Um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de coisas boas a todos. Até breve!
P.S.1: Jane e Lester, que lindos! <3
P.S.2: Favor darem um jeito no filho de Virginia. Nada que aquela criança diga ou faça me chama atenção.
P.S.3: Ver o início da descoberta dos anticoncepcionais e seus efeitos. Meu lado farmacêutica/pesquisadora sorriu feliz de orelha a orelha.