[Review] The Walking Dead 4x05/06 - Internment/Live Bait
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The Walking Dead continua crescendo em sua quarta temporada e finalmente posso dizer que teve um episódio digno da proposta da série.
Internment foi um episódio com a batida premissa de uma quarentena zumbi com
risco de estourar, mas a execução e o desenrolar dos acontecimentos foram o
toque especial para deixá-lo entrar no top 5 dos episódios da série. Já o episódio
seis foi uma quebra na dinâmica da série, e as diferenças entre os dois são muito interessantes.
Mostrando apenas a prisão e com destaque basicamente para
Hershell, o quinto episódio mostra o bloco de quarentena da prisão. Com
Hershell e Glenn encabeçando o lugar, vemos muitos personagens morrendo, e como
já disse, não temos como nos apegar a eles. O mais importante, talvez, foi
Caleb, um médico que acabou contaminado pelo que quer que seja que está matando
a todos.
O ponto alto do episódio foi a crise de Glenn, que me fez
realmente acreditar que ele estava prestes a morrer. Na confusão com os zumbis
a solta pelo bloco, o destaque fica para Lizzie, que salvou a vida de Glenn ao
atrair o zumbi que o atacaria. Ficou bem claro também que é ela que está
atraindo os zumbis para a cerca, com a cena em que ela pisa no sangue
propositalmente. Até onde os roteiristas levarão essa história e qual será a
consequência, já não dá pra tentar adivinhar.
Outro momento interessante, mas não tão relevante, foi o
desenvolvimento de uma nova dinâmica entre Rick e Carl. De rebelde e
desrespeitoso, Carl mostrou mais uma vez que foi a personagem que mais cresceu
durante a série e passou de um menino mimado para um rapaz digno de liderança,
mesmo que isso não aconteça.
O final do quinto episódio tem ligação direta com o próximo, mostrando o retorno do Governador. Confesso que fiquei feliz com o
retorno dele, uma vez que a não ocorrência da Guerra pela Prisão e a fuga dele
sem nenhum desfecho decente tirou totalmente a minha vontade de continuar com a
série (o que hoje se mostraria um erro da minha parte).
Live Bait é um episódio incomum para The Walking Dead. Nele
vemos apenas o Governador e o que aconteceu com ele nesses dois meses entre a
sua fuga e o presente da série. Totalmente louco, perdido e sem rumo, ele
apenas divaga pelo país, sem prioridades, desejos ou intenções.
Isso tudo muda quando ele se afasta dos dois capachos que
ainda restavam e encontra um prédio com quatro sobreviventes. Estes,
compostos por um pai com câncer, duas irmãs e uma menina, ajudam o Governador a
se recompor, e surge uma dinâmica bastante coerente com a vida pregressa de
Phillip.
Louco pela morte da filha e tomado por um desejo de vingança,
Phillip e Megan – a menininha do prédio – desenvolvem uma relação de pai e
filha, já que ela perdeu o pai e ele viu a própria filha ser assassinada na sua
frente. Essa relação ficou bem interessante no episódio e deu um tom de
humanização e até pena para o Governador, coisa que eu nunca achei que seria
capaz de sentir.
O episódio teve um tom bem explicativo e ao final dele
vemos Martinez encontrando o Governador, e aí vemos que ele irá para a prisão agora que se recuperou do seu transe e sua loucura e está pronto para recuperar
o que acredita ter direito.
The Walking Dead continua mantendo um ótimo padrão de
episódios e cada vez mais volta aos eixos, se tornando a série de zumbis que
eu esperava desde o piloto. Aguardo ansiosamente as cenas dos próximos episódios, porque o novo agrupamento do Governador me interessa bastante, diferente do que acontecia com Woodbury. Se antes eu não sentia compaixão nenhuma pelos moradores da cidade, isso muda completamente quando se trata de Lily e sua família, principalmente Megan.