[Review] The Michael J. Fox Show 1x05/06 - Interns/Teammates

E as coisas começam a melhorar.

1x05 - Interns

The Michael J. Fox Show é uma série sobre a qual é difícil comentar. A série começou mediana nos primeiros dois episódios, teve um episódio excelente, seguido por um muito fraco e agora ela volta para a média. Interns foi engraçado (melhor do que os dois primeiros inclusive), mas depois de ter visto que a série pode fazer, fiquei esperando um pouco mais.

Dessa vez as três histórias nas quais o episódio se dividiu foram: Eve se tornando estagiária na emissora em que seu pai trabalha; Ian e Graham procurando um estagiário para a “empresa” de Ian; e o meu favorito dos três, o resultado do feedback (muito) negativo ao livro que Leigh está escrevendo. A procura pelo estagiário foi o mais curto dos plots, mas nem por isso deixou de divertir. Quando Graham lembrou Ian de pegar os panfletos na mesa, o resultado da busca se tornou um pouco previsível, mas no final (justamente por ocupar pouco tempo do programa) até que essas cenas casaram bem com o tema do episódio e o complementaram sem fazer o nível cair (eu devo isso em grande parte ao carisma do filho mais novo).

Enquanto isso, Mike tinha que lidar com o novo emprego de sua filha. Se a ideia era passar mais tempo com ela, isso não deu muito certo. As cenas em que Mike e sua ex-aprendiz aparecem juntos são sempre divertidas e melhoram a qualidade da série quando essa se passa na emissora. A disputa pela atenção de Eve foi bem divertida, apesar de ser a parte mais previsível do episódio, e mostra que, diferente de seu irmão mais velho, a filha do meio está crescendo.

Agora vamos falar da melhor parte. Todo o plot envolvendo o novo livro da Leigh foi genial. Com uma história sem sentido e ainda mais mal escrita que Crepúsculo, o livro da irmã de Mike recebeu uma crítica bem pesada da Annie, o que fez com que a aspirante a romancista fosse reescrever seu livro. Todos os diálogos entre as duas foram ótimos, muito bem escritos e engraçados. A tentativa de elogio da Annie foi genial e eu me sinto obrigado a transcrever aqui (em tradução livre): “[...] Bom, o começo simplesmente começou tudo e depois o meio nos levou do começo até o fim, o qual se manteve verdadeiro ao seu nome porque não tinha nada depois dele”. Essa é a melhor enrolação possível para descrever algo ruim. Com certeza vou usar isso da próxima vez que eu não tiver nenhum elogio para fazer em alguma review.

O episódio como um todo foi muito bom, mas faltou algo para ser perfeito. Por mais que nenhuma parte do enredo tenha sido chata, é como se apenas uma delas tivesse sido feita para ser engraçada, enquanto as outras duas apenas davam apoio. Mas preciso ser justo, esse episódio foi muito importante para a série, porque ele provou que a presença do Michael J. Fox não é necessária para que uma cena seja engraçada. A maior preocupação no começo da série era que os outros personagens não fossem capazes de nos fazer rir sem ele, e é bom saber que isso não será um problema.

1x06 - Teammates

 Esse time é invencível.

E parece que a série realmente veio pra ficar. Depois de uma melhora visível no episódio anterior, Teammates veio para roubar o título de melhor episódio da série até o momento. Juntando Mike, que todos já sabiam que seria a melhor parte do programa, com Annie, que está cada vez mais engraçada, esse episódio conseguiu me fazer rir em vários momentos e foi além das minhas expectativas para esse começo de série. 

Obviamente a melhor parte do enredo foi Mike tentando consertar seu erro de inventar que Annie era bipolar, apenas para ser educado com seu vizinho. Enquanto isso Eve tentava mostrar que já era velha o bastante para ir sozinha ao show de sua banda favorita e Ian usava seus 152 pontos de QI para tentar trocar de quarto com seu irmão mais novo. Mais do que nos outros episódios, dessa vez a diferença de importância entre as partes foi muito perceptível. O plot de Mike e Annie foi o maior, enquanto que os outros dois pareciam apenas apoiá-lo. Mas isso está longe de ser ruim, já que o enredo principal foi tão bom.

Ao falar do episódio anterior eu mencionei que a série não precisa do seu personagem principal para ser engraçada, e isso é verdade, entretanto o personagem de Michael J. Fox mostrou aqui que ainda é, sem dúvida, o melhor do programa. Mas com certeza o destaque foi Annie, a esposa de Mike vem se tornando uma personagem cada vez mais divertida e nesse episódio ela acabou sendo a estrela. Com tudo favorecendo a personagem, ela acabou sendo responsável por grande parte das risadas, seja de forma direta ou indireta. E se ela está ficando cada vez melhor, e seu marido é o melhor do programa, nem preciso me estender muito para explicar o que eles tiveram que fazer pra criar o melhor episódio até agora. A química entre os atores está fantástica e com isso nós acabamos ganhando muito.

Leigh foi a personagem mais apagada do episódio, mas não faz mal, depois de ter sido a melhor no episódio anterior, ela pode descansar um pouco. Eve cada vez mais ganha o meu afeto, a personagem também vem se tornando cada vez mais divertida, principalmente quando tenta manipular seus pais. Ian é, até o momento, o membro da família que eu menos gosto. Com tantos personagens divertidos esse acaba se perdendo no meio, e a maioria das situações engraçadas que o envolvem são quando ele é alvo de alguma piada. Mas, mesmo assim, gostei de ver a evolução do personagem nesse episódio, agora que ele quer tentar ser mais adulto, é provável que passe por situações mais engraçadas. Graham sempre tem pouco tempo de tela, mas sempre diverte. E mais uma vez ele proporcionou um momento nostalgia, dessa vez fingindo que o chão era lava. Quem nunca fez isso né?

Esse episódio foi a prova de que fiz a escolha certa ao apostar nessa série. Com ótimas piadas e evolução dos personagens, Teammates mostrou que a série tem muito futuro. Agora é só tomar cuidado para que o próximo episódio não seja ruim, porque mostrar uma falta de estabilidade de novo seria muito ruim para o programa.