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[Review] The Good Wife 5x03/04 - A Precious Commodity/Outside the Bubble

A espera.


A espera.

5x03 - A Precious Commodity

Três semanas se passaram e eu não vi nenhum desenvolvimento significativo em The Good Wife. Não me levem a mal, eu gostei do que vi até agora, mas alguém deveria alertar os roteiristas que o final está logo ali,  e os cenários têm que ser montados porque o circo está prestes a pegar fogo. As chances de renovação são baixas. A série marca muito menos que outras da CBS, menos, aliás, do que várias séries já canceladas anteriormente. A única coisa que a segurava eram as indicações e a aclamação da crítica. Como nenhum dos dois foi recorrente na temporada passada, a boa esposa, que de boa, vamos combinar, não tem mais nada, pode estar prestes a acabar.

Bem, Diane vai deixar a Lockhart/Gardner, isso é um fato estabelecido há seis meses. Porém neste episódio, vimos que nem tudo irá ser flores. Por uma infeliz virada do destino, ela não recebeu a mensagem do Eli a tempo, deu a entrevista atacando o Will, e agora irá sofrer as consequências. Ao mesmo tempo, Alicia fica dividida entre contar aos novos colegas de firma sobre tudo que está acontecendo na L&G, e ser odiada eternamente pelo seu ex-amante, com direito de ser processada por uma quebra de contrato. Mas quem se vê preso no meio dessas intrigas é o Will, que é quem, de uma maneira ou de outra, irá sair machucado nessa história. Confesso que nunca achei o personagem muito cativante, mas quem não sente pena daquela cara de cachorro espancado?

Não sei o que pensar sobre Diane sendo vadia com a firma. Ela está no seu direito, afinal, foi ela construiu aquilo tudo. Porém ela tinha um dever para com a L&G, de não prejudica-la, além de uma amizade de décadas com o Will. Como bem ele falou no final do episódio, aquilo não era sobre dinheiro, e sim sobre se as pessoas irão lembrar-se da Lockhart quando não existir mais Lockhart, e sim Something/Gardner. Acho que para seguir em frente, de cabeça erguida e sem peso no coração, a Diane gostaria de um perdão do Will. Se ela vai conseguir, só o tempo dirá.

O caso jurídico da semana foi desconexo com o que estava acontecendo na outra parte do episódio. Mesmo sendo um tema que renderia um bom debate sobre o aborto, os direitos da mulher sobre o seu corpo e seu direito  de vendê-lo ao bel prazer, não penso que The Good Wife aprofundou o suficiente o assunto. Tínhamos essa cliente, que era barriga de aluguel de um casal. Foi detectado que o feto tinha problemas de desenvolvimento, e que suas chances eram pequenas. O casal então pediu à mulher que abortasse, mas a mesma recusou dizendo que o feto estava ótimo. No decorrer do episódio ambos os lados tentaram defender que a menina tinha direito sobre o seu corpo, só que a defesa dizia que esse direito era infinito, enquanto a acusação falava que o bebê era na verdade do casal, ou seja, o feto não era dela.

Sobre o plot Grace: Não queria, mas vou falar mesmo assim. Gente, que enrolação é essa? Por que insistir nos filhos malas da Alicia? Se eu fizer uma lista do número de plots que foram até metade do caminho porque ninguém mais estava aguentando esses dois, esta review não termina nunca. Grace, essa chata de primeira categoria, começou a usar roupas que não foram compradas na Renner, e as pessoas começaram a falar. Que bom, new topic, please.

Observações:

- Se Alicia não sair semana que vem, eu juro que eu mesmo pego a Grace e jogo ela do Empire State.

- Peter e a moça do comitê de ética: Mesma bullshit que a Grace.



5x04 - Outside the Bubble


A tempestade finalmente chegou.

Eu sinto como se estivéssemos em um relevo plano no qual o nada perdura. No horizonte, nuvens cinzas começam a se formar, raios e trovões são vistos e ouvidos a todo o momento, e enquanto isso, nós estamos aqui, aguardando o furacão se aproximar. Durante quatro episódios esperamos o pior acontecer e, bem, ele aconteceu. Aliado a isso, tivemos um primor estético em Outside the Bubble que foi de uma grandiosidade tão exacerbante, que somente a melhor série da televisão aberta americana conseguiria realizar. O roteiro, a fotografia, e a participação de Carrie Preston - ganhadora do Emmy de melhor participação especial por The Good Wife em 2013 - foram aspectos marcantes do episódio.

A trajetória de Diane pela Lockhart/Gardner sempre fora de muita luta, amor e força de vontade. Uma mulher tentando lutar em um ambiente dominado por homens, abrindo sua própria firma de sucesso e ganhando milhões por ano. Ter que se despedir de tudo isso não deve ser fácil, embora estando indo para uma posição melhor, de juíza da suprema corte estadual, ela tem todos os motivos para sentir falta do que ajudou a construir, e  pelo mesmo motivo, tem toda a razão de ter contado ao Will sobre a Alicia estar saindo da Lockhart/Gardner. O que eu percebi neste ultimo episódio foi que a série caminha a personagem para um desfecho final. Agora, se esse desfecho será seu casamento com o macho-das-armas e as suas pazes com o Will, eu já não sei. Outra coisa imprevisível é a reação do Will aos recém-eventos. Mas, como diz minha mãe, contra fatos não há argumentos. Eu espero ansioso pelo desenvolvimento desse plot no próximo episódio.

Tivemos também, neste episódio, mais uma parte do drama que está sendo para Alicia sua saída da Lockhart/Gardner. A personagem está sendo, digamos, um pouco cara de pau com os outros associados, em minha opinião. Acho muito linda essa história de Florrick & Agos, mas chegar ao ponto de roubar arquivos da Diane para benefício próprio? Não combina com a moralidade dela, que mesmo depois de deixar de ser a “boa” esposa, ainda levava todo o seu trabalho no maior profissionalismo possível.

A volta de Carrie Preston, que é sempre esse deleite para os sentidos, ajudou a melhorar o que já estava bom. Elsbeth Tascioni, volta para representar a L&G em um caso de assédio moral no trabalho. Uma assistente processa a firma pois, por uma infeliz cadeia de coincidências e uma pitada de malandragem, achava que estava sendo abusada. Nada de muito novo aqui, a não ser a bela oportunidade de ver as varizes de senhores de idade, e os comentários sempre crocantes de David Lee. Amei a última cena da Kalinda citando os vários lugares onde ela e a assistente se gostaram.

Este é, provavelmente, um dos melhores episódios de The Good Wife, a cena da Diane olhando com a maior cara de vingativa para a Alicia é sensacional, uma das melhores da série inteira. Ela saindo do seu escritório e entrando no do Will. Me deu arrepios. Espero que a série continue assim.

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