[Review] Once Upon a Time 3x01 - The Heart of the Truest Believer
A fé dos que ainda acreditam.
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A fé dos que ainda
acreditam.
Antes de qualquer coisa, eu
gostaria de expressar minha felicidade com esse retorno de OUAT. A série que mais decepcionou na temporada passada volta com a
tarefa de reavivar o interesse dos fãs que restaram, e a julgar por esta
première, o empenho foi mais do que satisfatório. O tom mais sombrio
proporcionado pela temida Neverland e o seu não menos assustador Peter Pan parece que vão ditar os rumos do terceiro ano, que já começa com o que
realmente importa: foco nos personagens e na dinâmica que os tornaram tão
divertidos no passado. Portanto, a operação para resgatar Henry, que tem como
cabeças Emma, Snow, Charming, Regina, Hook e Rumples, é a mistura certa para
tirarmos diálogos inspirados e cenas que já nascem marcantes por abusarem do
ridículo sem cair nas armadilhas de antes.
É certo que eu não procurei
sentido nas sequências do Jolly Roger, já com medo de me decepcionar, afinal
nunca entendo o porquê de Regina não usar magia de cara, quando ela resolveria
metade dos problemas, como por exemplo evitar ser atacada por sereias-baleias (que diacho de
cauda potente é aquela?) que fogem ao mínimo sinal de fogo sobre a água. Ainda
sim, as discussões e a ladainha da fé foram divertidas o suficiente para
mostrar como são as regras no novo reino. Snow e Regina, por exemplo, trocaram
tabefes e insultos que resultaram em outra briga no navio, esta protagonizada
por Charming e Hook. Eu sei que tudo ali não fazia o mínimo sentido, ainda mais
quando descobrimos que a tempestade provocada pela sereia-baleia capturada,
aumentava à medida que as tapas se intensificavam (com direito a um tsunami
movido a slow-motion). No fim, se
formos perceber, Rumples estava certo ao fugir do navio. Neverland é perigosa,
pois lá a imaginação e os sentimentos têm mais força do que em qualquer outro
reino, como ele bem explica para Emma.
Com Emma sendo o enfoque para
entendermos a questão dos believers
anunciados por Greg e Tamara, ficou tudo mais conciso e honesto, afinal só fé
explica o fato dela acreditar que se jogar de um barco no meio de uma
tempestade faria Hook e Regina largarem os seus pais. Sobre os tais believers, o que infelizmente diminuiu a
pose de vilão dos sequestradores de Henry foi o simples fato de que eles foram
manipulados por Peter Pan e na verdade não respondiam a nenhuma organização e
sim aos próprios Garotos Perdidos. Não foi bem um desperdício de personagem,
pois já comprei os novos inimigos (com um plus
para sombra megaevil), mas fiquei um
pouco decepcionado, pois achei a despedida de Greg e Tamara bem rápida.
Neal também conseguiu um tempo de
tela, porém assim como eu suspeitava, a trama na Floresta Encantada é tudo, menos promissora. Aurora e Mulan são chatas, e os minutos perdidos por lá só
serviram para mostrar que a primeira virou uma espécie de Guru dos Sonhos
(oi?) e que os filmes da Disney existem por serem baseados nos personagens
mágicos. “Surpreendente” não é mesmo? Sendo filho de Rumples, Neal vai atrás de
outra forma para entrar em contato com Emma ao descobrir que Aurora nem sabe
usar a tal habilidade, pois ela diz que o contato não funcionou devido a um
motivo misterioso, só que a gente sabe que foi pelo simples fato de não termos
nenhum dos Charmings dormindo. Assim, a visita ao castelo abandonado do Dark One abre espaço para o guest starring de Robin Hood e para
outra revelação “bombástica”: Neal sabe uns truques de mágica que revelam sobre
a estadia de Emma em Neverland. Tudo bem forçado e longe do surpreendente.
Sobre os vilões deste ano, sou só
elogios. Os Garotos Perdidos estão bem longe da fantasia esperançosa vendida no
clássico da Disney e soam como
verdadeiros marginais assassinos, já Peter Pan, causa medo só com sua sombra e
agrada ainda mais ao se mostrar manipulador, enganando Henry com uma conversa
amigável sobre o pó-de-fada não ter mais efeito. Confesso que as cenas entre os dois
foram ótimas e fiquei bem curioso sobre o misterioso passado do personagem que
ainda guarda força o suficiente para deixar o próprio Rumples vulnerável. Resta
saber se OUAT ainda tem força o
suficiente para merecer o nosso “sim, eu
acredito!”. Até então sigo confiante e vocês?