loggado
Carregando...

[Review] Dexter 8x12 - Remember The Monsters? (Series Finale)

Luto!


Luto!

Luto é a palavra da semana. Luto pelo final de um seriado, luto pelos personagens, mas principalmente, luto por um final melhor para a série.

Desde o início vimos Dexter enfrentar diversos inimigos, motivados por vingança, brigas familiares, crenças religiosas, superstições e alguns pelo simples desejo de matar. Cada um deles, ao longo desses oito anos, levaram Dexter ao limite, forçando cada vez mais o nosso personagem principal, fazendo-o romper diversas barreiras.

A série se encerrou oficialmente hoje (22/09/2013), mas muitos consideram a quarta temporada como o final. Foi nela que Dexter encontrou o que seria o seu inimigo mais poderoso, aquele que de fato conseguiu tirar uma parte dele que não conseguiria recuperar. Apesar da tentativa falha de recriar algo tão poderoso como foi a morte de Rita, o triste final de Debra não comoveu tanto. Me deixou indignado, pois foi totalmente desnecessário. Desde o episódio piloto aprendemos com Harry que a morte é melhor do que ser preso, mas Dexter pareceu entender de uma maneira completamente diferente essa colocação, e ao ver a irmã com danos cerebrais irreparáveis, resolveu que assassiná-la era a melhor opção. Concordo que a personagem ia preferir a morte do que viver daquela maneira, mas achei bastante incoerente que a personagem que mais sofreu ao longo das temporadas, a que muitas vezes me segurou ao longo da série, teve um final tão apressado assim. Foi meio decepcionante.

Sobre Saxon, o pobre assassino da temporada, e um dos piores de toda a série, teve um final tão ruim quanto foi o seu papel. Sua morte foi bastante forçada e mal resolvida, até mesmo para Batista e Quinn. Aliás, a participação dos dois naquele momento simbolizou, para mim, o que os roteiristas fizeram com o fechamento da série. “Ah, foi legitima defesa” e sair como se nada estivesse errado foi basicamente a maneira de os produtores falarem: “Já que estão falando tão mal, vamos terminar de qualquer jeito”.

Ignorando totalmente o legado e o passado da série, os roteiristas simplesmente deram uma importância extrema para Hannah, personagem que conhecemos há duas temporadas (apesar de adorá-la) e simplesmente a jogaram como a mulher que vai carregar o que sobrou dos Morgan para sempre. A interação entre ela e Harrison, que concentraram as melhores falas e o único plot com final “feliz” da série, foi fantástica, e nunca saberemos como será o relacionamento deles na Argentina, mas ficou no ar que vai ser ótimo, adorei os dois juntos. Harrison como sempre deu um show.

Já nosso próprio Dexter, a personagem que deveria ter o final melhor trabalhado, se mostrou apenas impulsivo e egoísta. Surtado novamente com o pensamento de que “precisava salvar as pessoas que amo de mim mesmo”, acabou reinventando o final de House e forjando a própria morte durante a tempestade que acontecia em Miami. Decepcionante ver nosso tão famoso e poderoso serial killer terminar simplesmente como um lenhador que trabalha em algum lugar isolado dos Estados Unidos. O final fica em aberto, pois o olhar que Dexter manda para a câmera, encerrando a série, pode dar a entender que ele continua “tirando o lixo”, como costumava dizer. Na cabeça dele aquilo tudo fez sentido, porque todos ao seu redor sofriam, e ele sabia que não conseguiria controlar sua psicopatia, então resolveu se isolar. Faz sentido, mas poderia ser melhor. À sua própria maneira, Dexter abandonou tudo que ama em favor de deixar as duas pessoas que ele realmente se importa viverem uma vida normal, já que Rita e Debra não tiveram a mesma oportunidade. Dexter terminou a série da mesma maneira que começou: um psicopata egoísta incapaz de controlar seus impulsos assassinos.

Respeito a oitava temporada da série, não achei tão ruim quanto todas as críticas diziam. Respeito a série pelo que ela já foi e, apesar de tudo que disse acima dar a entender que estou decepcionado e achei o fechamento da série horrível, preciso dizer que não via outra maneira de encerrarem a série devido aos rumos que ela tomou. Confesso que esperava algo melhor, mas assistindo e refletindo com calma esse episódio, vejo que tudo faz sentido dentro dos padrões de Dexter. Minhas únicas críticas partem da rapidez que fecharam tudo, principalmente a morte de Debra, e espero que quando re-assistir ao episódio, consiga apreender melhor tudo que aconteceu. Analisando toda a conjuntura e os oito anos da série, Dexter continua sendo uma boa série, mesmo que os tempos de ouro já tenham passado!

Series Finale 7694814040917047497

Postar um comentário Comentários Disqus

Página inicial item