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[Homevideo] A Datilógrafa e Ginger & Rosa


A coluna Homevideo chega a mais uma edição para contar um pouco do que chegou às locadoras nas últimas semanas. Confira:

A Datilógrafa

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Em sua estreia na direção e roteiro, Régis Roinsard nos trouxe esta comédia romântica francesa que chegou aos cinemas brasileiros em 24 de Maio, estrelando Romain Duris e - a belíssima e talentosa para a comédia - Déborah François para contar a história do encontro entre a jovem Rose Pamphyle (François) e o convencido Louis (Duris), quando a moça deixa sua casa no interior francês e vai até o escritório de Louis para trabalhar como sua secretária, mas a relação entre os dois se estreitará quando o segurador inscreve a moça num concurso de datilografia e propõe-se a treiná-la em sua casa de campo. Chegando às locadoras em DVD e Blu-ray, a produção será uma boa opção para quem quer conferir uma comédia romântica que fuja um pouco do idioma inglês, embora não fuja muito dos clichês e previsibilidade que qualquer lançamento americano do gênero teria. Mas o diferencial de A Datilógrafa é sua ambientação nos anos 1950 aliada a uma grande homenagem ao Cinema americano da época, que se transparece em todo o clima apresentado pela obra e a torna mais interessante, além da fiel retratação que o filme consegue trazer de todas as impressões éticas e sociais da época - como, por exemplo, o glamour que representava alcançar o cargo de secretária -, e que reforçam um pouco a simplicidade que o filme traz em sua base, e ainda salvam-na de cair antes no inchaço que os últimos 20 minutos assumem. É uma comédia romântica charmosa, nada muito além disto.


Ginger & Rosa


Após uma discretíssima passagem pelos cinemas brasileiros - onde estreou em 19 de Abril -, Ginger & Rosa chega às locadoras trazendo uma visão diferente dos conflitos da Guerra Fria: Através dos olhos de uma adolescente chamada Ginger. Uma adolescente conflituosa, que além de presenciar a ameaça nuclear iminente que pode a qualquer momento encerrar sua breve vida, ainda presencia as conturbações de sua família e sua relação com a grande amiga, Rosa, que parecem ter ainda aumentado com a questão dos conflitos. Um drama pretensioso, mas que consegue estabelecer todo o sentimento que havia no contexto histórico que se propõe a abordar, uma vez que não preocupa-se em narrar os conflitos políticos ou militares e como eles afetavam fisicamente as pessoas, mas sim como este caos originava um caos também sentimental a todas as pessoas que se engajavam a conhecê-lo, que aqui é especialmente mostrado através da preocupada Ginger, vivida com excelência pela jovem Elle Fanning - uma boa promessa de sua geração. A fotografia é interessante, marcando-se pelo acinzentado que representa os sentimentos da garota, mas o filme prova ter bastantes semelhanças com sua personagem principal, que aventura-se por alguns interesses sem aprofundar-se nestes, e acaba passando um sentimento de que, caso se aprofundasse mais em todo o potencial de abordagem histórica que ali continha, fosse mais interessante do que o estudo mais aprofundado de personagens que fez e acabaram provando pouco sobre os conflitos pessoais vividos por estes, que antes aparentemente estavam óbvios. Ainda assim, é denso e mais competente do que muitos dramas que tem sido lançados, justamente por produzir um retrato com mais pureza e delicadeza do que artificialidades.

Também chegaram às locadoras nas últimas semanas, mas ganharam textos no LoGGado quando em cartaz:

Homevideo 1069553935514841573

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