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[Homevideo] Em Busca Pela Verdade, Invasão a Casa Branca e Somos Tão Jovens


A coluna Homevideo está de volta com um lançamento direto para as prateleiras, uma grande produção de ação e um dos filmes nacionais mais comentados do ano, com uma colaboração especial para comentá-lo. Então confira e saiba qual será sua próxima pedida nas locadoras.


Em Busca Pela Verdade

The Truth

Inédito nos cinemas brasileiros, a produção de 2012 teve uma arrecadação quase nula em território norte-americano, abordando uma história com críticas ao próprio sistema capitalista do país, o que pode ter sido um dos motivos para o fracasso. Estrelado por Andy Garcia (Angie) e Forest Whitaker (O Último Desafio) - dois nomes que vem marcando muita presença nos lançamentos para locação -, o longa traz a história de uma empresa norte-americana de comercialização de água potável que é conhecida por diversos abusos à regiões mais pobres do mundo, e quando um jovem que fugiu de uma destas regiões decide suicidar-se na frente de uma das presidentes da empresa, Morgan (Deborah Kara Unger), esta finalmente fica chocada com a situação e decide buscar Jack Begosian (Garcia) para ir até a região de onde o jovem veio, no Equador, e conhecer a situação para que ela chegue à tona, enquanto ela fará sua parte impedindo algumas decisões da empresa de seguirem, com isso, Jack também conhecerá um grande líder dos movimentos sociais na região, Francisco Francis (Whitaker), um dos principais expoentes do conflito. O mais interessante é ver esta crítica ao sistema capitalista vindo justamente de uma produção norte-americana, que costuma apoiar e ter o apoio de grandes empresas como é esta - com um nome fictício, mas que poderia representar várias reais - que explora regiões mais desfavorecidas ao ponto de contaminar sua população em busca da privatização de seus recursos naturais. Uma pena é ver esta crítica jogada na cara do espectador em dois discursos sobre o erro desta privatização, quando poderia ser mais sutil e inteligente, mas prova que isto não é muito ao tentar tornar o filme um thriller de ação no terceiro ato, por sorte logo esquecendo-se disto. Ainda assim, prova ser acima da média justamente por diferenciar-se dos demais com esta crítica, atuações competentes e, por alguns momentos, provar-se efetivo ao tratar dos dramas também particulares de suas personagens, o que já justifica buscar uma cópia do filme dirigido e roteirizado por Damian Lee em sua locadora.


Invasão a Casa Branca

Olympus Has Fallen

Um surpreendente sucesso de bilheterias nos Estados Unidos que chegou aos nossos cinemas em 05 de Abril e agora chega às locadoras, Invasão a Casa Branca traz uma trama simples, que aborda uma invasão terrorista - por terra e pelos ares - ao palácio governamental norte-americano, que obriga o ex-segurança presidencial Mike Banning (Gerard Butler) a abandonar seu cargo atual, na burocracia do tesouro nacional, e voltar ao posto de um oficial em ação na adrenalina do momento para proteger o presidente que está sendo feito de refém na tomada Casa Branca. Mas o que diferencia Banning é o fato de ele estar em busca da redenção, já que, no cargo antigo, estava protegendo o presidente quando a primeira dama faleceu em um acidente de carro, o que aumenta ainda mais sua fúria por se arriscar neste dia. Com as opções em blu-ray, DVD ou no Netflix, o filme que também é estrelado por Aaron Eckhart (Reencontrando a Felicidade) e Morgan Freeman (Oblivion) e dirigido por Antoine Fuqua (Dia de Treinamento) garante a tensão para o espectador logo de cara, quando o ataque começa sem muito tempo de projeção e a partir de então acompanharemos a jornada de Banning - um anti-herói de ação ao estilo clássico - para tentar derrotar o grupo de terroristas e salvar o presidente com as armas e a fúria que tem e sem muita racionalidade, nos propiciando excelentes cenas de ação sem medo de mostrar a brutalidade do que ali acontece, e mantendo a tensão de passar-se quase inteiro dentro de apenas um local, ainda sendo eficiente por mostrar a visão de fora de todo o símbolo que aquela tomada representa, como a queda da nação. Mesmo que tenha diversos clichês - o próprio drama passado do protagonista dá a prova disto - e exagere um pouco no patriotismo - todos os vilões representam entidades estrangeiras, claro -, o verdadeiro foco aqui é a construção de um protagonista imponente o bastante para tornar a grandiosa ação verossímil e envolvente para o público, garantindo-se nisto como um dos melhores no gênero neste ano.


Somos Tão Jovens

Colaboração de Yuri Costa

Um dos filmes mais aguardados de 2013, Somos Tão Jovens chegou aos cinemas com expectativas em alta e saiu com opiniões divididas – existem várias pessoas que amaram, como também há um número igualmente considerável de pessoas que odiaram. O filme veio com a proposta de contar os anos que levaram Renato Russo a formação de uma das bandas mais amadas do país, e, no processo, conta suas amizades, seus conflitos e várias situações de sua vida pessoal que iriam mais tarde impactar diretamente sua música. Desde os tempos pré-Aborto Elétrico até o primeiro show no Rio de Janeiro com o Legião Urbana, Somos Tão Jovens se propôs a criar uma visão realista e imperfeita do ídolo – fato esse que foi uma das principais razões para tantas críticas negativas, pois sabe-se bem que Renato Russo tinha uma personalidade bastante exagerada, daí os diversos exageros que surgem no filme. Mas a força de Somos Tão Jovens está justamente aí: num retrato complexo, real e, por fim, perfeito em toda a sua imperfeição de quem o artista era, o que nos faz entender muitas de suas obras – e Thiago Mendonça o interpreta maravilhosamente. É difícil não ficar com o coração partido em algumas cenas, em especial a de “Por Enquanto”, que marca a despedida de um personagem da maneira mais desesperadora e triste possível, ou seja, de modo bem parecido com a música. Aliás, não só ele se destaca aqui: Laila Zaid, que interpreta Aninha, demonstra um talento raro. Alguns espectadores podem ficar incomodados com as citações de músicas no meio dos diálogos – que para alguns ficou forçada, já para outros, incluindo eu, dá o toque de homenagem necessário ao filme –, ou o jeito que o filme emula o cinema indie/alternativo – com excessos de “câmera na mão” e afins –, mas o resultado final mostra um jeito bem brasileiro de ser. Mesmo sendo uma experiência “ame ou odeie”, Somos Tão Jovens é um dos filmes obrigatórios de 2013.

Também chegaram às locadoras nos últimos 30 dias, mas ganharam textos no LoGGado quando em cartaz:

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