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[Crítica] Percy Jackson e o Mar de Monstros


Continuação chega aos cinemas brasileiros sem empolgar o espectador que busca qualidade, algo que prejudica especialmente um aspirante a tornar-se onda entre o público jovem.

Três anos depois de um pífio, mas lucrativo, primeiro filme, as adaptações de Percy Jackson estão de volta aos cinemas com este longa que traz um desafio a todos os jovens habitantes do acampamento dos meio-sangue, em que eles devem enfrentar ciclopes, competições entre si e um mar de monstros para alcançar um velocito que pode salvar este acampamento, cujo campo de proteção está ameaçado.

Misturando um pouco de mitologia grega - com algumas falhas nessa parte - e sua própria mitologia mágica para justificar o poder das personagens nas situações enfrentadas, Percy Jackson e o Mar de Monstros explora melhor isso do que seu antecessor, bem como supera o primeiro filme em questão da ação em si, já que a direção de Thor Freudenthal se sai muito bem nesse sentido, com cenas claras e efeitos visuais - as sequências do barco no mar de monstros são bons exemplos -, além de encontrar um foco muito melhor do que no antecessor, que não se definia entre os dramas rasos e a "galhofagem" de alguns momentos, enquanto aqui aposta mais na seriedade - o sumiço de Grover (Brandon T. Jackson), comum alívio cômico, durante boa parte da projeção é parte da responsabilidade disto. E, praticamente, é só.

Cercado por clichês e previsibilidade desde os primeiros minutos, quando vemos a câmera alternando-se entre um desafio pelo qual Percy (Logan Lerman, carismático) passa e, em seguida, a reação de seus colegas; ou na insistente, ao ponto de ser maçante, e irritante rivalidade entre o personagem-título e uma colega que constantemente o vence em desafios no acampamento; mas é claro que se únem na primeira situação em que precisam trabalhar juntos; além dos constantes erros de pronúncia de Mr. D (Stanley Tucci, pagando suas contas) nos nomes dos jovens para demonstrar seu descaso com os mesmo e arrancar risadas de alguns poucos na sessão. Falta também originalidade ao longa, que de vez em quando se apoia bem claramente em alguns elementos de Harry Potter - a sequência do táxi deixa isso bem claro -, mas infelizmente, esta segunda parte não tem a coragem da própria saga do bruxo de Hogwarts de matar personagens importantes quando necessário, quando já no terceiro ato encontra - pasmem - três conveniências diferentes para trazer três de suas personagens anteriormente - e aparentemente - mortas de volta à vida.

Imagino que Percy Jackson e o Mar de Monstros tenha atrativos o bastante para os grandes fãs da série literária e, especialmente, o público mais novo que busca uma aventura com elementos que os atraiam em live action, portanto a franquia seguirá com um bom resultado comercial, mas ainda no aguardo de algo que empolgue mais do que apenas um longa, no máximo, mediano, cuja projeção não passa tão rápido quanto o esperado.
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