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[Especial] O Super-Homem Através das Décadas


Nesta semana, chega às telonas brasileiras mais um dos filmes do maior ícone do universo dos super-heróis, o primeiro de todos eles, e responsável por muitas das revoluções nas diversas mídias do mundo geek/nerd (HQs, séries, filmes, etc.), estamos falando dele, do Super-Homem. Com tanta história a se contar sobre o “último filho de Krypton”, o LoGGado não poderia deixar este retorno passar em branco, então preparamos um especial digno da casa El para você conhecer mais da história desse marco atemporal.

A Origem:
De Conquistador a um Símbolo de Esperança

Se fizermos uma pesquisa hoje em dia sobre a popularidade do Super-Homem, é bem verdade que muitos vão torcer o nariz justo pela crescente (mas bem vinda) leva de anti-heróis dos últimos anos. O que muitos não devem saber é que, curiosamente, o personagem criado por Jerry Siegel e Joe Shuster em 1933, teve sua gênese como um bad guy meia boca e careca que almejava dominar o mundo, estando mais para o futuro arqui-inimigo do Super, o maquiavélico Lex Luthor. Com o fracasso, os amigos levaram alguns anos até trazer a luz do nosso mundo, o que viria a ser a maior criação já feita no universo dos quadrinhos. Em 1938, a National Allied Publications (precursora da DC comics), publicou a primeira edição Action Comics #1, com a icônica capa do herói erguendo um carro que, pasmem, não era a primeira opção para tiragem que trazia não só o Super como destaque no seu material.


As disputas dos cartunistas com a editora nos anos 50 pelos diretos do personagem, também são conhecidas pela maioria dos fãs, porém uma coisa é certa, em detrimento de qualquer imbróglio de bastidores, o Super-Homem continuou crescendo e tomando forma pela mão de incríveis mestres (John Byrne, Jeph Loeb, Joe Kelly e Alan Moore) até se tornar impossível levantar argumentos que diminuíssem sua significância. Mesmo que para alguns ele surja como um símbolo do patriotismo norte-americano (e até foi para as crianças dos anos 70 e 80) destacando a invulnerabilidade como um superpoder extremamente hedonista, o Super-Homem representa mais a esperança (o símbolo que coincidentemente carrega no peito) de um mundo em paz do que uma imponente bandeira de prepotência, vocês entenderam o porquê a seguir.


A Quadrilogia Clássica do Cinema

Quando o Superman migrou dos quadrinhos para as telonas, em 1978, ele não foi uma adaptação de super-herói como tanto vemos sendo lançadas nos últimos anos, pois marcou a sétima arte.O universo dos super-heróis, que há muitos anos fazia sucesso na mídia cartunesca e há alguns menos havia tido adaptações televisivas (como nas séries clássicas de Batman e do próprio Super-Homem), não possuía registros da presença sobre-humana nas projeções da grande tela.

Sim, não havia, até que em 1978, não um pássaro, não um avião, mas um homem voava nos céus do Cinema, onde conquistava uma quantidade exorbitante de fãs. Justamente por ser um pioneiro nas adaptações de super-heróis na sétima Arte, a produção de Superman não foi das mais fáceis. O orçamento foi grande para a época, houve um grande número de roteiristas para encontrar o foco do longa, dificuldade na escalação do elenco, além dos riscos corridos para uma inovação como esta. No final tudo funcionou, levando ao surgimento de um grande filme que marcou a sétima arte.


É essencial entender que sem o Superman de Richard Donner - ou com o fracasso deste - provavelmente não haveria Os Vingadores ou a trilogia Batman nos dias atuais. Mas esta adaptação, que sagrou o início da jornada dos super-heróis nos cinemas, foi um sucesso de público e crítica, tanto que gerou três continuações e abriu o caminho de sucesso para o sub-gênero nos dias atuais, e por isso sua importância dentro da Arte.

Além disso tudo, havia importância política para a razão de Superman alçar uma grande base de fãs e ser considerado com tanto carinho em sua época. Os EUA estava envolvido na emblemática Guerra Fria na época do lançamento do longa, e pode-se imaginar que a tensão e preocupação estavam presentes na população americana. E foi exatamente neste momento que o surgimento do herói no Cinema refletiu a necessidade que havia na mente da população. Em meio às preocupações refletidas dos conflitos reais, muita gente encontrou o herói que, enquanto estava presente na tela e - depois - em suas imaginações, as marcava. Mas mesmo assim, a mitologia heroica funciona em outras épocas e situações, por apresentar grandes desafios de uma forma inesquecível.


E pode-se dizer que o que mais tornou o Super-Homem marcante para o Cinema foi o trabalho de ChristopherReeve. Mesmo que as duas últimas continuações desta saga estejam aquém das duas primeiras - especialmente da marcante primeira - a figura do Super-Homem nunca esteve abalada junto ao público (bom, talvez quando ele está bebendo num bar na terceira parte), especialmente pela presença de Reeve. O ator conseguia traduzir toda a confiança do herói quando estava na pele deste que atraía toda essa simpatia da população, até quando surge como Clark Kent, e consegue atribuir uma certa falta de confiança, confusão e vulnerabilidade a esta identidade comum do Superman, o que o humaniza de forma fantástica, e proporciona ainda maior identificação com o público. O até então desconhecido Reeve, que tinha seu nome surgindo somente após os de Marlon Brando e Gene Hackman nos créditos iniciais do primeiro filme, construiu um Super-Homem - e, é claro, um Clark Kent - memorável, assim como a trilha sonora de John Williams, que eu me pouparei de comentar, pois basta buscar em sua mente a música que o lembra de Superman, que você já saberá do que estou falando (Clique AQUI para ouvi-la).

Acredito que não há mais do que descrever a quadrilogia original do Superman para a proposta deste texto, e mesmo que esta tenha visíveis problemas, não nos convém aqui abordá-los, afinal de contas a mensagem que fica ao leitor é que ela marcou o Cinema, chegando ao ponto de revolucioná-lo, inclusive. E para as tentativas de trazer o personagem de volta às telonas - como especialmente esta dirigida por Zack Snyder que nos bate a porta - que tanto seus realizadores quanto o público lembrem-se de que não adianta prender-se a tentar alcançar o sucesso desta, quando se pode alcançar vôos tão altos quanto os do próprio Super-Homem apenas trilhando sua própria trajetória.


Smallville

Smallville foi a adaptação mais recente da mitologia do Superman para a TV. Porém, a série teve seu foco na juventude de Clark Kent, mostrando a evolução do kryptoniano até se tornar o super-herói mais famoso do Universo da DC Comics e do mundo.

Smallville durou dez temporadas, sendo exibida de 2001 a 2011 e chegando a 218 episódios. A série criada por Alfred Gough e Miles Millar não deixou a desejar em efeitos especiais, principalmente nas primeiras temporadas quando o jovem Clark Kent ia descobrindo seus superpoderes. Não menos importante, Smallville possuía elementos que toda trama que trata de adolescentes têm: Triângulos amorosos, time de futebol americano no High School, jornal da escola, etc...


Na série, Tom Welling dava vida a seu Clark Kent/Kal-el, algo que agradou os fãs pela forma como os produtores tiveram o cuidado de escolher um ator que fosse caricato para o personagem. Também fizeram parte do elenco Michael Rosenbaum (Lex Luthor), Allison Mack (Chloe Sullivan), Kristin Kreuk (Lana Lang), Annette O'Toole (Martha Kent), John Schneider (Jonathan Kent), John Glover (Lionel Luthor), Erica Durance (Lois Lane), dentre outros.


Além de mostrar diversos vilões conhecidos do super-herói, como Zod e Apocalipse, a série rompeu barreiras e inseriu outros personagens do Universo DC, como Oliver Queen (Arqueiro Verde) e Bart Allen (Flash), para participarem de alguns episódios como uma liga de super-heróis, algo como a famosa Liga da Justiça.

No ápice da série, em 2003/2004, os produtores conseguiram fechar um arco de participações especiais com o ator Christopher Reeve, que deu vida também ao Superman nas telas do cinema com a quadrilogia do super-herói. Reeve interpretou um professor que ajudou Clark Kent a encontrar o seu caminho para que mais tarde compreendesse suas origens.

Com todos estes elementos, com saídas e entradas de novos atores, Smallville teve uma vida longa de dez anos e se encerrou exatamente da maneira como os fãs desejavam: Clark Kent se tornou o Homem de Aço, mostrou seu símbolo estampado no peito e voou em direção aos céus para defender mais uma vez Metropolis dos maus que estariam por vir.


Lois & Clark - As Novas Aventuras do Superman

Em Setembro de 1993 estreava mais uma adaptação da história do Superman na TV. E ela se mostrou um pouco diferente do que estávamos acostumados, afinal vinha destacando a história do relacionamento entre o casal Lois e Clark.


Protagonizada por Teri Hatcher e Dean Cain, a série mostrou ao longo de seus 88 episódios, divididos entre quatro temporadas, uma versão mais cômica e romanceada da dinâmica entre o casal, o que acabou sendo alvo de muita polêmica quando a série estreou e que resultou na demissão de sua criadora e toda a equipe de roteiristas ao fim da primeira temporada.

Entre os momentos mais marcantes da série temos o momento em que Lois descobre a identidade secreta de Clark e o famoso pedido de casamento no final da segunda temporada resultando no fatídico casamento que aconteceria no terceiro episódio da quarta temporada.


Entre os diversos vilões que apareceram na série tivemos Brainiac, Metallo e Toyman, um dos vilões favoritos do público e claro, Lex Luthor que foi interpretado por John Shea durante a primeira temporada e que fez apenas participações recorrentes nas demais temporadas devido a desentendimentos com os produtores da série.

Por sua diversão, leveza e química inegável entre seu casal protagonista, Lois & Clark merece ser conferida por todos aqueles que amam o Homem de Aço!

por Edu Sacer

O Novo Homem de Aço

Superman: O Homem de Aço estreia nos cinemas brasileiros nesta sexta, 12 de Julho, e é dirigido por Zack Snyder (300), com roteiro de David S. Goyer. Assista ao trailer:


No panteão dos super-heróis, Superman é o mais reconhecido e reverenciado personagem de todos os tempos. Clark Kent/Kal-El (Henry Cavill) é um jovem jornalista que se sente diferente por ter poderes além da imaginação de qualquer ser humano. Há anos enviado de Krypton, um avançado planeta alienígena, à Terra, Clark sofre com a derradeira questão: "Por que estou aqui?" Moldado pelos valores de seus pais adotivos, Martha (Diane Lane) e Jonathan Kent (Kevin Costner), Clark logo descobre que ter super-habilidades significa tomar decisões muito difíceis. Mas quando o mundo mais precisa de estabilidade, ele é atacado. E agora, suas habilidades serão usadas para manter a paz ou partir para um tudo ou nada? Clark precisa se tornar o herói conhecido como "Superman", não apenas para brilhar como a última esperança da humanidade mas para proteger aqueles que ama.

Leia a CRÍTICA de Superman: O Homem de Aço.

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Até a próxima!
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