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[Review] Mad Men 6x09/10 - The Better Half/A Tale of Two Cities


6x09 - The Better Half


Rumo ao final da temporada, Mad Men começa a dar indícios de onde quer chegar nesse sexto ano. Explorando pontos chaves da vida de personagens como Don, Peggy e Peter, The Better Half é uma introdução ao que devemos ver nos próximos episódios. Um episódio que relembra momentos do passado da série, mas também destaca possíveis futuros. A questão que continua em foco é como estará Don Draper ao fim dessa temporada.

Um dos plots que ganhou destaque foi o de Peter. Finalmente alguém disse a ele para se preocupar com sua família, pois isso é fundamental para não cair de rendimento na vida profissional. Sabemos que Peter nunca foi o melhor marido ou pai do mundo, mas quem sabe ele passe a se importar com isso. É importante notar como talvez ele não saiba exatamente o que quer, como na conversa com Joan, porém se sente inferiorizado em seu emprego. Peter é um personagem que pode ser explorado de diversas maneiras. Bob Benson ganhou alguma consideração com ele ao indicar uma enfermeira para sua mãe, resta esperar para ver um desenvolvimento melhor dessa questão.

Bob também esteve ligado à trama de Roger no episódio. O fato dele começar a ser notado de maneira lenta é interessante, continuo achando que Bob tem chances que acabar se tornando alguém bem importante nessa agência. Mas focando em Roger, o publicitário não teve um bom dia. Dessa vez as consequências por seus atos irresponsáveis custou caro. O fato da filha proibir o pai de ver o neto não faz Roger refletir se realmente cometeu um erro. Ele prefere ir atrás de Joan e seu filho e tentar mostrar que se importa, mas é apenas uma ilusão de ser responsável que Joan não leva a sério há um bom tempo. O caminho de Roger é bem diferente do de Peter, mas nem por isso menos complicado, porém é difícil acreditar que ele mude um dia. Peter ainda tem essa chance.

Don não foi o centro das atenções como em outras vezes, dessa vez o tempo entre os personagens foi mais dividido. Para o diretor de criação, o que tivemos foi uma interessante "volta aos velhos tempos com Betty". Não por acaso isso acontece pouco tempo após o fim do affair com Sylvia. Os dois se conhecem muito bem, e Betty diz verdades que vem bem ao ponto desta temporada. Don, afinal, se apega muito ao presente momento, não ao futuro, isso explica uma série de ações que ele comete ao longo dos episódios. Betty, mesmo sem conviver com Don, consegue perceber que o casamento dele vai mal. Para ela é mais uma chance de se auto-valorizar como fez durante o episódio inteiro. Não dá para saber se Don se arrepende de não ter conseguido manter seu casamento com Betty, mas provavelmente a dúvida deve ter surgido em algum momento. Agora o problema dele é consertar o casamento atual, já que Megan começa a reclamar da ausência dele. Mais uma vez vimos um Don distante e despreocupado em manter uma relação decente com a esposa. Ele prometeu mudar isso ao fim do episódio, mas não é errado apostar que Megan pode resolver deixá-lo, ainda mais se as coisas começarem a dar certo demais em seu trabalho.

Por último e não menos importante, deixo esse comentário para Peggy Olson. Dizer que ela está com má sorte nessa temporada é pouco. Há alguns episódios ela triunfava sobre Draper na questão da Heinz, porém atualmente ela sofre de todos os lados. Existe a pressão de Don para que ela apoie sua ideias, e principalmente existe toda a confusão entre Ted e Abe. Pobre Peggy, achou que Ted seria diferente de Don, mas ambos são muito parecidos. Ted não hesita em dar um fora nela, mesmo após dar uma de gentil. Já era para Peggy ter aprendido a não cair na conversa de ninguém, talvez agora ela tenha se tocado disso. A cena final deixou bem claro como ela está a mercê desses publicitários. Para piorar, o fim de seu relacionamento não foi nada tranquilo. Com direito a facada por acidente, Peggy teve que ouvir criticas pesadas de Abe pela sua profissão e modo de vida. Ela meio previsível que haveria esse choque de ideologias, é uma pena para Peggy que ela não pode contar com um minimo de educação de Abe na hora de ser totalmente criticada. O que será dela até o final da temporada? É difícil ver um desfecho positivo para a jovem, que até pouco tempo dava a impressão que dominaria essa agência.

Considerações Finais

- Estranho ver Don em uma situação familiar comum. Não combina com ele, mas foi interessante ver ele cantando com o filho.

6x10 - A Tale of Two Cities



Já é hora de aprender como as coisas funcionam.

Chegamos ao décimo episódio da temporada e ele foi extremamente focado na agência e em sua nova dinâmica do começo ao fim. Mesmo assim, houve um bom espaço para explorar a fase atual de Don Draper. Porém o protagonista, mesmo com momentos interessantes, ficou de lado. O centro das atenções, ao meu ver, foram Joan, Peggy e Peter, em um jogo interessante de poderes, com algo a mais por trás disso tudo.

Diferente das outras reviews, começarei logo falando de Don. Em mais uma viagem à Califórnia, o diretor de criação conseguiu novamente ter fortes emoções. Parece ser lá o local onde Don reencontra a si mesmo, como já ocorreu em outras temporadas. As alucinações nos dizem algo importante: Don ao mesmo tempo que esperar conseguir melhorar sua relação com Megan, também fica de frente com a morte. Draper já viu a morte de perto algumas vezes, mas como ele lida com isso a cada situação é complicado de entender. O fato de sua voz parecer mais cansada com o passar do tempo não deve ser ocasional. Mas Don não morreu, e sim foi salvo por um Roger bem detestável nesse episódio. Poucos dirão que ele não mereceu o soco que levou de Danny. Essa bagunça toda na Califórnia rendeu bons frutos, afinal eles conseguiram a conta, o que se mostraria bem importante na reunião do final do episódio.

Enquanto isso em Nova York, tivemos situações que mostraram algumas coisas já esperadas. A ascensão de Bob continua. Do jeito dele, sua importância vai crescendo diante dos sócios. A forma como Bob lidou com Michael mostra como ele consegue ser habilidoso sem deixar de lado o ar "bobão", isso mostra que ele é diferente de Don, ou Ted ou Roger, mas não significa que ele não possa ir longe, pelo contrário, do jeito que as coisas vão, ele caminha se tornar sócio, se não nessa temporada, na próxima. Nesse episódio cheio de manobras políticas na agência, essa foi uma das mais interessantes.

Porém, a mais importante foi a de Joan. É relevante notar como ela lidou com a questão da Avon desde o inicio. Passar a perna em Peter foi um ato de coragem, provando que ninguém é amigo ali dentro. Joan busca se valorizar a tempos, e parece que ver na TV as confusões em Chigago despertou nela essa anseio por mais do que ela já tinha. Isso resultou em ótimas cenas entre ela e Peggy, tanto no restaurante, quanto na briga já esperada há tempos entre as duas. Porém, quando Peter coloca Ted sob pressão para pedir uma explicação a Joan, Peggy salva a moça. Não é possível saber se foi um gesto de amizade, talvez haja ali uma relação de respeito mútuo, porém discreto entre elas. E o preço dessa manobra foi comprar uma briga com Peter. O mais jovem dos sócios até chiou para todos os lados, porém teve que ouvir cortes de Ted e de Don, este último sendo mais direto, como sempre, ao afirmar que se Pete está insatisfeito, que procure outro emprego. Peter não deve fazer isso, mas o final do episódio talvez dê a entender que ele começa a compreender como as coisas funcionam por ali, ou seja, uma guerra por dia contra todos. Sem regras.

Considerações Finais

- Excelentes diálogos nas discussões sobre o novo nome da agência. Dá um ar nostálgico voltar aos tempos da Sterling Cooper, agora Sterling Copper & Partners. 
Reviews 7599820823453915007

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