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[First Look] Ray Donovan 1x01 - The Bag or the Bat

Mais uma promissora série do Showtime .


Mais uma promissora série do Showtime.

E a Showtime parece ter acertado novamente. Há algum tempo a emissora não lançava uma série tão promissora e interessante quanto a nova empreitada de Ann Biderman, responsável pela aclamada Southland. E, embora essas qualidades possam ser ressaltadas com o tempo, não é porque se trata de uma série extremamente inteligente ou cheia de reviravoltas. Ray Donovan é uma ótima série porque ela tem um ótimo protagonista, e o ator é bem competente.

A primeira indagação que se faz quando se trata de uma série centrada num personagem e que até carrega o seu nome, é se ele possui nuances a serem exploradas. Pois então aqui ela marca seu primeiro ponto. Ray é o tipo de personagem que deve ser meticulosamente apresentado para causar uma boa primeira impressão. Ele tem que ser enigmático e foda, de forma que ele consiga cativar o público sem parecer “forçado”. Atualmente, o que não falta são personagens metidos a badass e que não botam medo nem em uma formiga (posso citar vários, mas não quero causar polêmica).

Ele tem que “merecer o título”. As maneiras como ele pensa, age e fala são avaliados, obviamente. Mas a questão é que Ray é tudo isso e mais um pouco. Complexo. Ele age com determinação e adota medidas emergenciais com a maior calma do mundo. Em alguns momentos, é notável o seu dilema interno, o que acaba culminando em uma atitude inesperada, como foi visto nesse Piloto. Em outros, ele parece ter a resposta na ponta da língua. 

Partindo desse ponto, tudo o que está em órbita em torno dele parece interessante, porque expõe um novo detalhe de sua personalidade. E assim a série caminha, dividida ente tramas procedurais e contínuas. Na parte procedural, e a menos interessante da série, boa parte dos casos apresentados resolveram-se facilmente, mas não deixaram de envolver Ray e sua família. Paralelamente, temos o retorno de seu pai, o qual Ray não tem uma boa relação e acredita ser responsável por um futuro colapso em sua família. Aqui temos uma trama que aparenta ser facílima de resolver, mas pode perdurar até a paciência de Ray aguentar – e sua consciência deixar. Considero este seu limite. A partir do momento em que ele matar o próprio pai, estará claro (para ele e para nós) que o personagem perdeu o controle.

A perda de controle é imprevisível. No Piloto já vimos que Ray não é o maior exemplo de estabilidade. Ele tem uma família da qual sempre zela a todo custo, tem uma ótima relação com seus irmãos e chegou a perder alguém a quem é muito ligado, o que chega a atormentá-lo esporadicamente. Qualquer desequilíbrio em um dos ítens pode fazê-lo escolher outro rumo nas suas decisões. E isto será ótimo de acompanhar nesses doze episódios encomendados para a primeira temporada.

Pelo seu primeiro episódio, podemos dizer que Ray Donovan fez uma boa estreia. Embora seja um começo sólido, a série ainda pode melhorar. Senti falta de mais ação e as reviravoltas podem se tornar mais frequentes. O gancho do Piloto não foi surpresa alguma, mas foi curioso. A partir de agora o jogo muda. Tudo que Ray tentou evitar já havia acontecido faz tempo. E, mais uma vez, tenho que avaliar a série como uma das mais promissoras neste ano. O episódio já foi bem agradável e até deu para rir na cena da mesa de sinuca (ou bilhar).

Havia assistido ao Piloto sem nenhuma expectativa, nem mesmo sabendo do que se tratava, mas terminei feliz por ter dado uma chance. Agora é aguardar para saber se ela cumprirá suas promessas. A julgar pelo trabalho de Biderman em Southland, posso dizer que estou confiante quanto ao futuro da série.
Showtime 8603916582850865496

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