[Review] The Vampire Diaries 4x23 - Graduation (Season Finale)

O melhor Season Finale de The Vampire Diaries.

Quando comecei a assistir TVD, anos atrás, por indicação de uma amiga, não previa que um Piloto tão pouco carismático e cheio de personagens que considerava descartáveis e insossos chegaria a me emocionar em algum momento. Para mim, TVD era aquela série foda, cheia de ação, twists e mitologia, que conquistava fãs por algo que não era seu ponto mais forte: os casais. Por mais que a série tenha se enraizado em um triângulo amoroso, ela cresceu tanto que deixou de ser unicamente sobre uma paixão adolescente, vencendo todos os preconceitos e comparações com certa série cinematográfica de temática semelhante. 

Mas TVD não deixou de voltar à sua base. Nunca deixou. Vira e mexe ela sempre voltava à questão central: quem Elena ama? Ou melhor, com qual dos irmãos ela deve ficar? Em inúmeras ocasiões, a questão parecia ter sido respondida, e em todas elas fiquei satisfeito com a resposta, porque parecia coerente; afinal, se Stefan era seu grande amor desde o começo e eles não passaram por uma grande crise, supostamente ela deveria continuar amando-o.

E por muitos episódios a série seguiu a lógica, mesmo tratando de algo tão abstrato como o amor. Embora tenha exterminado vários personagens sem nenhuma piedade, ganhando, assim, a fama irrevogável de uma série em que ninguém está a salvo, TVD sempre construiu seu roteiro sem pisar fora da linha – seja quanto a relação entre os personagens quanto nas tramas da temporada. Eventualmente ela teria que sair de sua zona de conforto.

Então veio esse Season Finale maravilhoso fazendo justamente o que faltava na série, correndo o risco de ser profundamente rejeitado pelos espectadores ao reutilizar a mitologia da doppelganger quando menos se esperava e deixar uma personagem que todos amam vulnerável. Como não poderia faltar, Elena mais uma vez decidiu qual Salvatore ela quer. Desta vez, a justificativa saiu do controle da lógica, ao optar irracionalmente, como um sentimento deveria ser, por aquele que desperta o melhor de si, mesmo não sendo a melhor pessoa do mundo.

Dá para notar que as decisões mais controversas foram balanceadas com elementos e situações que ocorreram em outras temporadas, como a decisão da Elena (final da terceira temporada), ressuscitamento de Jeremy e Damon infectado por veneno de lobisomem (final da segunda temporada), além de momentos bem românticos, como a maioria dos fãs gostam. Estou perplexo com tantos acontecimentos e o quanto eles são decisivos para mudar os rumos da série. Explosões, cabeças voando e twists gigantescos. Tudo bem surpreendente para uma temporada que enrolou e trouxe poucos momentos memoráveis.

Nesses momentos memoráveis, está inclusa a cena em que Damon e Elena se acertam. Como sempre digo, não tenho favoritismo neste triângulo, e até gostei muito da cena com o Stefan em Growing Pains. No entanto, não sei se foi a trilha sonora, mas conseguiram dar impacto à declaração de Elena. As outras partes de casais também foram bacanas, muito embora não chegue aos pés dessa.

Os dois mundos foram separados novamente pelo véu e, mesmo que os personagens soubessem que acabariam voltando para o "outro lado", preferiram não se despedir. Na verdade, suas últimas palavras foram completamente direcionadas a guiar os protagonistas em suas próximas ações. Jeremy, contudo, foi o único a retornar, como muitos previam. Não fiquei muito satisfeito com essa escolha, porque existiam outros personagens mais interessantes para o cargo e também por ele já ter voltado dos mortos uma vez, apesar de que, no fundo, sempre soube que ele seria o escolhido, então me acostumei com a ideia. 

O final foi bem chocante e trouxe possibilidades para a próxima temporada, que deve seguir bem sob novo comando e sem o suporte dos Originais. Saberemos mais sobre a mitologia de Silas e seus objetivos. Espero que tenhamos mais que uma simples menção à Qetsyiah, e ela venha a aparecer na próxima temporada. Aliás, estou muito ansioso pela quinta temporada. E vocês?

Julie Plec se redimiu, afinal.

P.S.: Klaus me ensinou que um capelo pode se tornar uma arma.

P.S. 2: Acertei quando fiz minha teoria sobre Silas ter uma cópia. Mas pensei que era o Shane...