[Review] Mad Men 6x07 - Man With a Plan
E qual é o plano de Don?
http://siteloggado.blogspot.com/2013/05/review-mad-men-6x07-man-with-plan.html
E qual é o plano de Don?
Matthew Weiner deve gostar muito do número "7", pois sempre temos excelentes episódios nessa parte da temporada, que marca exatamente a sua metade. Man With a Plan foi mais um daqueles excelentes momentos em que Mad Men nos lembra como Don Draper é um homem solitário ao extremo, aliás presenciamos vários comentários acerca do protagonista neste episódio, vindos dos mais diferentes personagens. Depois da cena final, a pergunta "o que será de Don Draper ao fim de tudo?" volta com força.
As mudanças após a fusão da agência foram mostradas em uma ótima cena, com uma trilha sonora perfeita que indicava toda a confusão inicial de abrigar os novos funcionários. O retorno de Peggy foi a parte mais interessante no início, mas logo isso mudou e o foco partiu para a nova dinâmica entre Don e Ted. Os dois chefes tentam mostrar quem manda, cada um a seu jeito. Don começou bem, deixando Ted embriagado, mas nada como a hilária cena no avião onde Ted estava com o controle em suas mãos literalmente. Essa briga entre os dois pela liderança ainda vai gerar mais situações. O melhor de tudo isso foi o sermão de Peggy em Don. É bom ele saber que ela não vai deixá-lo falar o que quer como antes. Calma Peggy, tenho certeza que seu momento de chefiar a todos chegará em breve.
Outro dos melhores plots do episódio foi sem dúvida o de Bob e Joan. Desde o início da temporada me perguntava o que Bob fazia ali, e desta vez ficou claro: pode não parecer, mas Bob pode ser um futuro Don Draper. Sim, pois de bobo ele não tem nada, apenas aparenta ser, mas foi muito eficaz em conseguir um médico para Joan e isso salvou seu emprego. Eu até poderia apostar que foi um puro gesto de bondade, mas creio que aqui Bob calculou exatamente o necessário para salvar seu trabalho, esperando a oportunidade certa, que acabou aparecendo com Joan. Atenção a este personagem, que deve crescer mais com o tempo, afinal ele observa tudo o que acontece na agência e toma suas notas, é um erro achar que ele não pode usar tudo isso a seu favor. Vale lembrar de como Don foi esperto com Roger para conseguir seu emprego na agência, como foi mostrado na quarta temporada.
Tivemos também um pouco de destaque para Peter. A relação dele com a mãe foi bem explorada, mostrando como Peter se preocupa tanto consigo mesmo e se terá uma cadeira para ele na próxima reunião de sócios, que esqueceu a própria mãe. Apesar do prejudicado estado mental, ela ainda tem lapsos onde lembra de fato como era ser mãe de Peter. Como isso afeta o publicitário, é complicado dizer, mas isso pode gerar uma reflexão da relação de com a família que no momento está perdendo, ou não. Peter ainda é imaturo, e demora a aprender lições que a vida dá a ele.
Voltando a Don, e a ele dedico o restante da review, durante todo o episódio vimos seu "jogo de dominação" diante de Sylvia, após a briga dela com Arnold, entretanto tudo isso acabou gerando o fim do caso entre eles. Don até implora, é interessante ver a mudança de comportamento dele após a amante dizer que o caso acabou, mas Sylvia sabe que é hora de aquilo terminar.
Seja como for isso, lança Don em uma fase de completo desinteresse, seja pela esposa e suas conversas, seja pela morte do futuro candidato a presidente dos EUA. Como o showrunner afirmou antes da temporada começar, Mad Men é sobre pessoas e não sobre História. E a pessoa que acompanhamos há seis temporadas parece bem perdida no momento. Vimos homens com planos hoje, como o bem colocado título do episódio indicou, mas Don não é nenhum desses no momento. Perdido em seus próprios sentimentos, ou ausência deles, o que Don fará daqui em diante, como ele vai tentar preencher seu vazio, é um mistério. O que podemos esperar é que a próxima parte da temporada será excelente como vem sendo toda essa série.
As mudanças após a fusão da agência foram mostradas em uma ótima cena, com uma trilha sonora perfeita que indicava toda a confusão inicial de abrigar os novos funcionários. O retorno de Peggy foi a parte mais interessante no início, mas logo isso mudou e o foco partiu para a nova dinâmica entre Don e Ted. Os dois chefes tentam mostrar quem manda, cada um a seu jeito. Don começou bem, deixando Ted embriagado, mas nada como a hilária cena no avião onde Ted estava com o controle em suas mãos literalmente. Essa briga entre os dois pela liderança ainda vai gerar mais situações. O melhor de tudo isso foi o sermão de Peggy em Don. É bom ele saber que ela não vai deixá-lo falar o que quer como antes. Calma Peggy, tenho certeza que seu momento de chefiar a todos chegará em breve.
Outro dos melhores plots do episódio foi sem dúvida o de Bob e Joan. Desde o início da temporada me perguntava o que Bob fazia ali, e desta vez ficou claro: pode não parecer, mas Bob pode ser um futuro Don Draper. Sim, pois de bobo ele não tem nada, apenas aparenta ser, mas foi muito eficaz em conseguir um médico para Joan e isso salvou seu emprego. Eu até poderia apostar que foi um puro gesto de bondade, mas creio que aqui Bob calculou exatamente o necessário para salvar seu trabalho, esperando a oportunidade certa, que acabou aparecendo com Joan. Atenção a este personagem, que deve crescer mais com o tempo, afinal ele observa tudo o que acontece na agência e toma suas notas, é um erro achar que ele não pode usar tudo isso a seu favor. Vale lembrar de como Don foi esperto com Roger para conseguir seu emprego na agência, como foi mostrado na quarta temporada.
Tivemos também um pouco de destaque para Peter. A relação dele com a mãe foi bem explorada, mostrando como Peter se preocupa tanto consigo mesmo e se terá uma cadeira para ele na próxima reunião de sócios, que esqueceu a própria mãe. Apesar do prejudicado estado mental, ela ainda tem lapsos onde lembra de fato como era ser mãe de Peter. Como isso afeta o publicitário, é complicado dizer, mas isso pode gerar uma reflexão da relação de com a família que no momento está perdendo, ou não. Peter ainda é imaturo, e demora a aprender lições que a vida dá a ele.
Voltando a Don, e a ele dedico o restante da review, durante todo o episódio vimos seu "jogo de dominação" diante de Sylvia, após a briga dela com Arnold, entretanto tudo isso acabou gerando o fim do caso entre eles. Don até implora, é interessante ver a mudança de comportamento dele após a amante dizer que o caso acabou, mas Sylvia sabe que é hora de aquilo terminar.
Seja como for isso, lança Don em uma fase de completo desinteresse, seja pela esposa e suas conversas, seja pela morte do futuro candidato a presidente dos EUA. Como o showrunner afirmou antes da temporada começar, Mad Men é sobre pessoas e não sobre História. E a pessoa que acompanhamos há seis temporadas parece bem perdida no momento. Vimos homens com planos hoje, como o bem colocado título do episódio indicou, mas Don não é nenhum desses no momento. Perdido em seus próprios sentimentos, ou ausência deles, o que Don fará daqui em diante, como ele vai tentar preencher seu vazio, é um mistério. O que podemos esperar é que a próxima parte da temporada será excelente como vem sendo toda essa série.
Considerações Finais
- Esse ano de 1968 é bem tumultuado: os movimentos culturais na França foram brevemente citados por Sylvia. E já presenciamos a morte de Martin Luther King e de Robert Kennedy.
- Episódio dirigido por John Slattery, que interpreta Roger Sterling.
- Falando em Roger, ele apareceu pouco, mas bem na cena da nova demissão de Burt.
- Deixe seu comentário e até a próxima!
