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[Review] Bates Motel 1x07 - The Man in Number 9

On the market.


On the market.

Com o negócio dos Bates prestes a abrir depois de um prólogo conturbado para os novos moradores da bizarra White Pine Bay, Bates Motel se firma como uma das melhores estreias da temporada e sinceramente, eu comemoro cada vez mais a renovação, pois o universo rico e curioso que a série construiu em tão pouco tempo vem me deixando impressionado com tanta consistência. Sim, os atores tem grande parte neste quesito, porém o roteiro vem se provando tão eficiente quanto, afinal o texto vai criando emoções contraditórias conseguindo ir do mais puro suspense à uma cena de humor divertidíssima de uma forma bem orgânica, algo que eu não esperava ver no prequel de Psicose.

A morte do delegado Shelby pareceu um fim abrupto para um antagonista de peso, mas eis que o fantasma de Keith Summers continua a perseguir Norma com a chegada de outro antigo cliente, o misterioso Jake Abernathy. O radar dos Bates para possíveis bandidos segue on fire, e Norma nem tenta evitar, mesmo com a relutância de Dylan, em abrigar o hóspede. Percebemos que ela é tão necessitada de aceitação e aparência, que concordar com as propostas e bizarrices de um completo estranho só para garantir uma possível alavancada num negócio que já teve o nome manchado pela cidade, não soa forçado. Pelo menos desta vez Norma parece comprar o fato de que o Sr. Abernathy tá escondendo algo e não duvido que ela vá meter o nariz nas reservas semanais dele. Só tenho medo do que a gente possa encontrar/descobrir.

Sobre Dylan, eu me surpreendi que ele queira mesmo deixar a família. Acho que ver o carinho que ele tanto necessita ser distribuído só pra Norman, pese na escolha um tanto quanto egoísta. O interessante é que a troca de olhares dele com Bradley já deixou o alerta de problemas à vista ligado. A moça já foi a responsável pelo ataque mais perturbador de Norman só por tê-lo dispensado, imagina se começar um lance com Dylan.

Da primeira paixão de Norman também vieram os momentos mais hilários. Norma dando uma explicação sobre o significado do sexo para as mulheres e stalkeando Bradley com a ajuda de Emma me fez rir bastante. O que não divertiu foi ver a própria Emma triste com a distância do amigo (cena mais chorosa até agora). Outro ponto bem incômodo (eu não tinha notado ainda) foi perceber que Bradley parece fisionomicamente com Norma, da cor do cabelo aos olhos e batom. Até Norma pareceu ter notado essa estranha semelhança (e escolha) do filho.

Chegamos ao enigma Norman. No comecinho da série, o brilho de Vera Farmiga ofuscava todo mundo, porém, semana após semana, Freddie Highmore veio construindo seu Norman e destruindo em atuação, sendo esta a sua hora de ápice. A relação do rapaz com a cachorrinha (refletindo seu lado carinhoso e acolhedor) e o baque do “término” com Bradley, precisou de nuances que Highmore captou com maestria. Desde já minha cena favorita até aqui é o momento em que ele repete as falas da mãe com uma expressão assustadora (Anthony Perkins deve ter curtido a homenagem). A sua explosão diante do triste destino do bichinho que se propôs a cuidar foi bem visceral e até Norma vai percebendo que o filho não tem muito pra onde correr. Cada vez mais o triste destino dos Bates se aproxima daquele motel e minha curiosidade pela jornada só aumenta.

P.S.: Eu falei que Norma jogaria a culpa no delegado Shelby, ela só não esperava que o detetive Romero fosse usar suas desculpas para o currículo dele.

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