[Review] The Carrie Diaries 1x12 - A First Time For Everything

Like a virgin.

Você namora com um cara que todos, a princípio, achavam ser o maior bad boy aproveitador de todos os tempos. Você se apaixona por ele, e entre tantas inseguranças, decide que ele é realmente o amor da sua vida. E aí chega aquele momento romântico em que ele te olha e diz o esperado “Eu te amo”, perfeito né? Você sabe que o ama, e nada mais normal do que rebater com um outro “Eu te amo”. Mas aí, ao invés disso, você simplesmente olha e solta um “Quero transar com você”, bem assim, do nada. E aí? E aí que para a srta. Bradshaw, tudo começa a desmoronar.

Todos nós sabemos o quanto Carrie Bradshaw pode ser persuasiva quando o assunto é conseguir algo que ela realmente deseja, regra essa aplicada a seu trabalho e à sua vida amorosa. Na Interview, toda essa racionalidade tem funcionado perfeitamente. Como se não bastasse tudo que já conseguiu em seus poucos 17 anos de vida, Carrie cai onde, onde? Numa festa exclusiva da Madonna. Pois é. Anos 80, Madonninha bombando, muito sucesso, glamour, com uma voz que nem é isso tudo, mas quem se importa, não é mesmo Larissa? E de quebra, ainda consegue uma citação de ninguém menos que o criador de Like a Virgin, um dos maiores sucessos de Madonna até hoje, o que leva a garota a subir mais um degrau na sua “carreira”.

E é quando se fala em carreira que o problema, por assim dizer, começa a aparecer. Por planejar tanto o futuro, Carrie quer que sua noite com Sebastian seja perfeita, mas esquece de que quando o assunto é esse, planejar pode ser uma péssima ideia. Com tudo tendo dado tão certo na festa, ela quis simplesmente repetir a dose com a tão sonhada primeira vez com Sebastian, mas não se deu conta de que tentar assumir tanto o controle de tudo isso poderia levar a um caminho totalmente oposto, e foi exatamente o que aconteceu. Carrie quis ser um exemplo de responsabilidade, sendo funcionária exemplar e namorada perfeita ao mesmo tempo, não que isso não dê certo, dá sim, mas usou a mesma fórmula para tudo, e foi esse seu maior pecado.

Numa noite que já começou de forma errada, tudo termina em uma discussão carregada de sinceridade, onde Carrie admite querer cuidar de Sebastian e preocupar-se com ele o tempo todo, e pelo tom que o utilizou, tudo parecia como uma obrigação, mesmo ambos sabendo que não se tratava disso. Junte isso a um Sebastian ofendido e uma Carrie que se sente perdida pelo fato de o rapaz achar tudo perfeito sem nunca se expressar sobre nada e pronto: uma bomba atômica prestes a explodir e devastar tudo. E ela explodiu. Obviamente, depois de toda essa confusão, os dois terminaram, restando apenas o ressentimento dele e o amor que ela não conseguiu expressar. Quero ver como as coisas irão se desenrolar a partir de agora, depois de tudo que foi dito pelos dois.

Quem voltou neste episódio foi Dorrit, a estranha, que sinceramente... não. Não adianta, por mais que agora ela tenha um namorado, se vista de forma “normal”, e todo esse tipo de coisa, esse novo estilo soa tão forçado. Não acho que a história seja ruim, é bacana, mas está nas mãos da atriz errada. Stefania Owen me perdoe, mas não há como comprar sua atuação, não mesmo. No entanto, uma cena dela valeu muito a pena, e temos que admitir que o mérito nem foi dela, mas da melhor bitch de todas: Donna Ladonna. Os comentários que ela faz são sempre os mais pontuais, e é incrível como a bad girl se encaixa com os personagens que você jamais imaginaria, foi assim com Walt e agora com Dorrit. Ponto para Donna!

Ainda na vibe romance, foi a vez do relacionamento de Mouse e West decolar. Depois da tragédia que foi para Mouse ter notas menores por influência do seu namoro com Seth, ficar com West parece a melhor opção. O rapaz é tão neurótico quanto ela quando o assunto é ir para uma boa faculdade, o que se torna perfeito para os dois. Acho o West bem forçado também, preciso confessar, mas tudo bem, desde que não centrem um episódio nos dois, não me incomodo.

E Papai Tom, hein? Agora ele assumiu de vez e está de volta ao jogo. Enferrujado, claro, mas bem feliz. A moça do chiclete faz um belo par com ele, ambos são pais e mães de seus filhos ao mesmo tempo, e por isso acabam se entendendo, mesmo que Tom tenha pisado feio na bola com todo aquele papo machista de que é fácil ser mãe solteira e ter uma nova vida amorosa ao mesmo tempo. Felizmente, o viúvo caiu na real e pediu logo desculpas. Ainda continuo ansiosa para que Carrie descubra sobre a nova faceta do pai, será no mínimo interessante.

Senti falta de Walt e Maggie, os dois tem um ótimo timing e sempre garantem boas cenas, uma pena que não tenham aparecido. Em compensação tivemos um pouco mais de Larissa e Bennet, que estavam muito bem.

A partir de agora, resta apenas mais um episódio para o fim da primeira temporada de The Carrie Diaries, e ainda não temos informações que envolvam renovação ou cancelamento da série, embora algumas pistas do que pode acontecer tenham sido reveladas, e elas não são boas. O SpoilerTV divulgou uma lista de séries que tem grande potencial de renovação ou cancelamento, e adivinhem onde The Carrie Diaries se encontra? Infelizmente a audiência não é boa, e é bem provável que em breve seja anunciado oficialmente pela CW o cancelamento da série. A notícia não é nem de longe das melhores, e é bom que nos preparemos para o próximo episódio como sendo o último, embora com certeza deva terminar cheio de ganchos para uma próxima temporada, já que muito sobre Carrie e outros personagens está solto ainda. Vamos torcer, pois até que seja oficializado, a esperança ainda existe.

Até a próxima!

P.S.: É incrível que sempre quando Madonna está envolvida em alguma coisa, como episódios de série mesmo, os assuntos simplesmente surgem ao redor dela. É isso que dá ser ícone de uma época e ter músicas para tudo. Um viva para a cinquentona, que mesmo orgulhosa como é, marcou muitos!

Músicas do Episódio:
Like a Virgin - Madonna
Lucky Star - Madonna
Material Girl - Madonna
Borderline - Madonna