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[Crítica] G.I. Joe: Retaliação

Reforços benéficos...


Reforços benéficos...

Nos minutos finais de G.I. Joe: A Origem de Cobra, um importante membro da organização Cobra toma o corpo do presidente dos Estados Unidos, consequentemente assumindo o poder do país e se tornando um dos homens mais poderosos de todo o mundo, e o ocorrido será essencial nos eventos que virão a seguir.

Os comandantes de alguns dos países de maior importância econômica no mundo decidem assinar um acordo para a redução nuclear, e com o membro da Cobra no comando dos EUA, os interesses malignos de sua instituição o fazem quebrar de forma inconsequente o acordo, decidindo iniciar um ataque nuclear a todos os países envolvidos no acordo, com uma força capaz de destruí-los completamente, e enquanto isso seus comandos também levam a organização a exterminar os agentes da G.I. Joe, grandes responsáveis por operações para a proteção do país, para poderem seguir sem problemas em suas decisões que o colocaram em risco por interesses da operação. Mas embora tenham conseguido eliminar grande parte dos agentes G.I. Joes - e pensado tê-los eliminado completamente - os agentes que virão a protagonizarem o longa sobrevivem, e terão que lutar silenciosamente para atingir o presidente farsante e detê-lo.

Podemos observar que G.I.Joe: Retaliação inicia-se com um clima que aposta no clichê da amizade entre os agentes vividos por Channing Tatum e Dwayne Johnson, gerando momentos mais descontraídos e diálogos que sugerem uma grande amizade entre os dois, e por isso a morte de Duke (Tatum) pelas mãos da organização Cobra parece afetar muito Roadblock (Johnson) de início, e o fato de ele aparentemente logo se esquecer da morte do amigo imediatamente estranha. Para o espectador, o assassinato de Duke será imediatamente esquecido, já que mesmo estando presente desde o primeiro longa, o personagem não consegue marcar tanto o público nem tanto quanto o próprio Roadblock, a esta altura há poucos minutos em tela.

Mas a partir deste momento o enredo ganha uma maior seriedade, onde a jornada é conduzida por John M. Chu de forma sóbria e com uma boa sequência de cenas de ação. Apostar em lutas realmente físicas, e deixar um pouco de lado toda a luta tecnológica prejudicou o desenvolvimento do primeiro filme, e é justamente Chu, completamente inexperiente no Cinema de ação, quem o deixa mais interessante, com um roteiro que pouco evolui. E confesso ser justamente o contrário do que pensei, pois pouco esperava do responsável pelo documentário sobre Justin Bieber atrás das câmeras da ação, esperava muito mais do texto dos responsáveis pelo excelente Zumbilândia, que aqui preferem inserir diversas frases genéricas para encobrir os momentos mais sérios do longa que precisam ser falados, e por isso, quando o filme passa por este clima, os pontos altos se concentram somente nas lutas em si. Diferentemente, em seu terceiro ato, G.I.Joe: Retaliação volta a ganhar seus ares mais divertidos com a chegada do personagem de Bruce Willis, que já em sua cena de apresentação brinca com sua própria figura dentro do cinema de ação, e parece estar se divertindo muito no papel, assim como o próprio Dwayne Johnson, e neste terceiro ato se destacam justamente os diálogos mais descompromissados e divertidos, que comprovam como levar-se a sério acabava o prejudicando ainda mais.

E em seu clímax em potencial presenciamos o ápice dos furos em seu roteiro, com uma reunião entre os líderes mundiais tornando o evento e seus personagens grandes caricaturas, tirando o foco das cenas de ação sem motivo válido. Mas é interessante observar como o próprio roteiro soube apresentar certa evolução em relação a sua construção de personagens, já que no primeiro longa os mesmos não geravam qualquer tipo de empatia ou conexão com o espectador, e a inserção dos personagens de Johnson e Willis representaram um grande avanço neste quesito.

Dito isto, devo ressaltar que não gosto nada de G.I. Joe: A Origem de Cobra, e talvez por isso tenha gostado mais de G.I.Joe: Retaliação, que supera seu antecessor em todos os quesitos, embora ainda seja apenas um passatempo esquecível. E caso lhe interesse saber algo sobre o 3D, funciona apenas como um maior impulso comercial, sem acrescentar nada a sua narrativa.
G.I. Joe 8451390574961649024

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