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[Crítica] Duro de Matar - Um Bom Dia Para Morrer

John McClane e seus problemas familiares...


John McClane e seus problemas familiares...

De alguma forma, os filmes da série Duro de Matar sempre conseguiram abordar os problemas da família McClane com seu patriarca. Justamente por John McClane ser um cara com senso de heroísmo, que não fugia do perigo quando alguém precisava resolver a situação, ele sempre acabava decepcionando sua família por sua ausência e por se arriscar pelos problemas externos. Porém, até o quinto filme, os problemas de John com seu filho não haviam sido muito focados.

Mas em Duro de Matar - Um Bom Dia Para Morrer, o personagem de Bruce Willis recebe uma missão familiar de ir até a Rússia ajudar seu filho a se livrar de ser preso no país, e chegando à Rússia numa divertida sequência que explora o carisma do ator e do personagem, John vai ao encontro de seu filho, que no momento está em fuga do tribunal onde seria julgado levando consigo um terrorista russo, e imediatamente somos apresentados ao conturbado relacionamento entre o pai e o filho, que não aceita a presença deste, e como bom membro da família McClane chega a apontar uma arma para o pai simbolizando seu ódio por ele. Esta relação será inclusive focada em diversas repetições de diálogos para provar a má relação entre eles. Jack McClane está levando o terrorista para cumprir uma de suas missões como espião, e toda a participação dos McClane durante a projeção focam-se na execução da missão.

Com um desenvolvimento inicial descompromissadamente divertido, explorando cenas que marcam a franquia - como a sequência de McClane destruindo o trânsito de Moscou - conforme vai se aproximando do ato final o longa vai perdendo este clima, e deixa de explorar o carisma referencial da franquia e do personagem para adotar um desenvolvimento de trama tradicional de filmes de ação menores e mais fracos presentes no Cinema atual, incluindo embates de ação com uma fotografia escura que parecem querer esconder os presentes na luta, e a própria entrega de Bruce Willis ao projeto parece pouco se diferenciar de outros personagens de projetos de ação que o astro protagonizou nos últimos anos.

O terceiro ato do filme nos leva para a usina de Chernobyl, onde os McClane buscam encontrar o terrorista para o término de sua missão, onde ainda presenciamos a adição das teóricas principais cenas de ação do longa, mas estas acabam sendo menos divertidas do que outras espalhadas durante o longa, e pouco adicionam para a franquia comparadas à outras que revolucionaram o gênero, presentes nos quatro filmes anteriores.

E é justamente isto o que me incomoda no longa, por estar presente numa franquia que se consagrou por equilibrar roteiros muito competentes de forma simultânea com sequências bombásticas de ação e principalmente por colocar seu personagem principal em grande risco, justamente o que não acontecia em outros do gênero. Já neste quinto longa, mesmo que em diversas cenas seja capaz de divertir, não consegue explorar o potencial da franquia além do divertimento. Além do problemático roteiro, ainda raramente consegue inserir seu protagonista em grandes riscos, o que poderia muito bem acontecer se estivesse na mão de um roteirista e diretor que inserissem mais ambição nesta continuação - que não fossem os nomes responsáveis por projetos como Max Payne e Esquadrão Classe A, por exemplo - e não a produzissem somente com ambições de prosseguir a franquia e seu sucesso como divertimento entre o público.

Concluímos, então, que a menor duração da franquia influenciou em seu resultado.
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