[Review] American Horror Story: Asylum 2x11 - Spilt Milk
http://siteloggado.blogspot.com/2013/01/review-american-horror-story-asylum-211.html
A palavra da vez é: retaliação. Continuando a arriscada jornada, da semana passada, Asylum aparentemente resolveu que os seus quatro episódios finais funcionariam como uma season finale estendida, pois é essa a sensação que venho tendo. Sister
Mary Eunice (o saudosismo já bate) e dr. Arden tiveram seu apoteótico
final no crematório do Briarcliff, agora foi a vez da repórter Lana
Winters conseguir dar a volta por cima ao ter o esperado embate com seu
maior algoz, o psiquiatra Oliver Thredson, ou Bloody Face, vocês podem decidir. Junte o confronto final dessas duas figuras com a soberba direção de Alfonso Gómez Rejón e ganhamos também em qualidade cinematográfica.
Para exemplificar o nível conseguido pela série, basta utilizarmos o ator Dylan McDermott.
Quando viveu o insuportável patriarca dos Harmon, as cenas
protagonizadas por ele beiravam o esquecível. O mesmo não pode ser dito
do seu Johnny Thredson. A cria do Bloody Face vai do grotesco ao
infantil em segundos de tela, e mesmo com toda a sensualidade da cena
inicial não pude deixar de ficar incomodado, ainda mais quando paramos
para perceber que o momento foi bem semelhante ao abuso pelo qual Lana
passou nas mãos do assassino original. Johnny ainda é uma incógnita para
mim, mas temos dois episódios para decifrarmos o porquêde ele ter se
entregue a herança maldita deixada pelo pai e sim, eu continuo bem
curioso.
A jornada sci-fi de
Kit e Grace também teve um breve destaque e novamente deixo bem claro
que a trama dos alienígenas ainda me incomoda por não termos quase nada
concreto sobre ela. Estamos no mesmo barco dos dois internos, apenas
flashes chegam até nós e a abdução continua bem aleatória se compararmos
com todos os outros focos. Se juntarmos parte das peças que nos foram
dadas, podemos dizer que: Kit é a chave de tudo, seu (ou seus) filho(s)
tem grande importância para os seres do outro mundo e é na nossa
capacidade de procriar que eles estão interessados (pelo menos foi o que
entendi). No mais, a ressureição de Grace teve uma explicação coerente
com tudo o que nos foi mostrado e isso me deixou feliz. Os alienígenas a
abduziram duas vezes, uma para tirar o feto que já crescia dentro dela,
pois provavelmente eles já sabiam o triste futuro da moça e a segunda
vez, foi para que a mãe retomasse a gestação num local seguro. Como bem
aponta Grace, eles não são criaturas ruins e até o momento eu não
consigo ter tanta certeza.
Com Oliver
Thredson no comando do Briarcliff, os dias de “paz” vividos por Lana
estariam contados se não fosse a declaração dada por Jude a Madre
Claudia. Com a ajuda da freira superiora, Lana teve uma segunda chance
de sair da instituição e desta vez ganhamos o que já é o primeiro
momento épico do mundo das séries no ano de 2013. A cena de fuga foi
angustiante e ao mesmo tempo genial, a sensação (totalmente plausível)
de que a repórter ia se dar mal a qualquer instante não saiu da minha
cabeça, mas quando ela entrou no táxi com a gravação onde Thredson
confessava tudo e levantou o dedo médio para ele, eu gritei um: “CHUPA!!”. Simplesmente de arrepiar.
Eu
já tinha citado a excelente direção do episódio, mas os planos e
montagem da cena em que Lana confronta Thredson em sua própria casa me
deixaram sem palavras. Sarah Paulson e Zachary Quinto merecem todos os elogios possíveis, quase me faltou ar durante todo o diálogo. A cereja do bolo foram os travelings que nos levavam do passado para o futuro onde Johnny fazia mais uma vítima e jogava a culpa toda no descaso de sua mãe. O headshot disparado
por Lana no momento em que Thredson achou que a tinha nas mãos veio
como o momento de fúria mais esperado da temporada. Foi o fim do Bloody Face, mas não o fim da ascensão de Lana Winters.
Lana
fora uma ambiciosa repórter, um abutre como boa partedos outros, sua
estadia no Briarcliff mudou completamente a forma como ela enxergava
tudo e ela não deixa de cumprir o que prometeu. Lana expõe o horror
chamado Briarcliff, Lana lança um livro sobre o seu sofrimento, Lana
começa uma jornada para acabar com a dor das almas inocentes naquele
lugar, ela apenas cresce como uma poderosa e implacável sobrevivente. Os
primeiros a conseguirem a tão esperada liberdade é Kit e Grace, mas não
sem descobrirem que estão prestes a enfrentar a verdade sobre estarem
ligados, e Alma vai dar início a tudo isso.
No
fim, a vingança chega de forma indireta, e é Jude a única que se vê
presa ao inferno que ajudou a construir. Em mais uma virada do destino,
monsenhor Timothy surge como um dos últimos vilões, o mais incrível é
que ele também é movido pela ambição e não vai abrir mão do Briarcliff
tão fácil assim. A conversa que ele tem com Jude na sala comum da
instituição ditou tudo o que esperar de suas ações nesses últimos
episódios. Como alegoria final e para não esquecer de que nos deixar
confusos e sem chão é o dom de Asylum, a cena final em
que Lana amamenta o filho que se recusou a matar, me surpreendeu por
todo o significado que despertou. Estejamos prontos para o fim que se
aproxima.
P.S.: Recheado de quots sensacionais, eu posso apontar o meu favorito com a maior facilidade:
- Lana: “I’m tough… But I’m no cookie.”
- Lana: “I’m tough… But I’m no cookie.”
P.S.2:
Nos prometeram mais dicas sobre o tema da terceira temporada, não
peguei elas com tanta facilidade como no episódio passado, porém
falou-se tanto em corpos queimados e cinzas, que a bruxaria parece ser o
real tema do próximo ano.