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[Review] Fringe S05E02 - In Absentia


O episódio desta semana não foi sufocante e emocional quanto o de semana passada. Não foi incrível e excepcionalmente "chorante". Mas, ainda assim, estou à flor da pele. Sinto-me destruído, tanto quanto me senti com Transilience Thought Unifier Model-11. Por quê? Pelo fato de que Fringe chegou a um ponto em que não há mais volta. E isto não é ruim. Muitíssimo pelo contrário. Fringe se tornou uma mensagem de esperança, tão pura e inocente, e ainda assim tão forte. Tão cruel, e, não obstante, tão iluminado.

Não há palavra melhor. Ver a esperança, a expectativa de uma vitória, mesmo diante de tantas derrotas, é revigorante; queria eu ter tamanha coragem. Perceber que Olivia não acreditava realmente no Legista, mas na sua boa índole, detrás da covardia de um assassino. Ver uma única mulher, que esteve morta para o mundo por 21 anos, tocar tantos corações - com apenas um olhar. Ver a pena, a admiração, o horror, e, por fim, o orgulho. Etta não é uma assassina. Olivia vê isso, como uma mãe. Olivia vê o Legista, como um ser humano. E não é isso que falta neste futuro? Humanidade? A Resistência tem um motivo pelo que lutar. Pelos mortos, e pelos vivos. Pelo temor da vida. Afinal, seria o mundo realmente melhor se não houvesse luta? Seria a rendição a melhor saída? Vale a pena sacrificar a liberdade por medo?

Como disse anteriormente, a emoção não foi tão sufocante em In Absentia. O que nos manteve presos, sem respirar, por quarenta minutos, foi o conteúdo do episódio. As atuações estiveram magníficas como sempre. A direção, excepcional, assim como o uso da trilha sonora. O roteiro dispensa adjetivos; não há como caracterizá-lo. Não há como traduzir em palavras mais perfeitas a esperança no meio da escuridão. Afinal, se Transilience Thought Unifier Model-11 mostrou uma leve e moribunda esperança, lutando no escuro, In Absentia mostrou-a regozijada e forte. Pronta para seguir em frente. A cena final mostrou isto perfeitamente: o Legista correndo num campo verde e colorido, em contraste com a cidade cinzenta, em liberdade pela primeira vez em anos. Olivia, novamente cito, vendo isto. A busca de Walter dando em nada, mas, ainda assim, preparando-os para o que vier a seguir. 

Mais uma vez, Fringe supera as expectativas. Não foi isto o que tornou os últimos anos tão divertidos? Um episódio tão calmo, à passos de bebê, estourando-nos e nos levando ao nosso limite? Afinal, eles são os escolhidos para a batalha final. E nós somos os escolhidos para acompanhá-los.

Nota final
9


OBS: Não menciono na review, mas dou créditos também à cena de abertura, que revisita o momento do Expurgo, desta vez sob o ponto de vista de Olivia. Genial como jogada, além de atender o pedido que fiz na review passada. Devo exaltar também a atuação de Anna Torv neste episódio; se Transilience Thought Unifier foi a vez de John Noble brilhar, In Absentia é um prato cheio para Torv.
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