[First Look] Revolution S01E01 - Pilot (Preview)
PC's Dharma, funfando desde sempre, em qualquer situação.
http://siteloggado.blogspot.com/2012/09/first-look-revolution-pilot.html
PC's
Dharma, funfando desde sempre, em qualquer situação.
Referências são inevitáveis. A nova série de J.J Abrams (Lost, Fringe) e Eric Kripke (Supernatural), foi disponibilizada ontem (04/09) no canal oficial
da emissora, NBC. Durante as primeiras cenas, aquelas antes do blackout, eu
achei o clímax muito bem dramatizado. A ótima surpresa que Juliet substituiu a
moça do #1 Preview foi restauradora e
eu pensei que realmente poderia curtir o resto do episódio.
A premissa da série gira em torno de um grande acontecimento
apocalíptico, onde a eletricidade acaba em todo o planeta. Ben Matheson (Tim
Guinee) parece estar envolvido nesse desastre épico. O homem chega em casa e
contata a esposa que o inevitável iria acontecer, detalhe, a mulher não
parecia estar surpresa. 15 anos depois, o mundo se acostumou a ideia de viver
sem energia (destaque para as maravilhosas paisagens e a fotografia da série).
A família de Ben, fora sua esposa que morreu de ninguém sabe o que, foi morar
em um vilarejo longe da cidade. Quando a milícia chega em busca de Ben (Eles
acreditam que ele tenha a resposta para a queda da energia), ele morre porque o
seu filho ameaçava um “policial”. Em consequência disto, o menino é sequestrado
e levado pela Milícia. E assim sua filha Charlie busca por seu tio, que possa
talvez salvar o sobrinho.
Revolution é aquele tipo de série que você não pode
mergulhar de cabeça, porque o fundo é raso. Não existe mais esse negócio de
ficar emocionado só de ouvir o nome J.J Abrams. A sua marca de grife está mais
favelada do que a de Steven Spielberg. Tudo que falta para JJ entrar no fundo
do poço é produzir um Musical da Broadway com muitos flashes de
Bollywood.
Falada a ladainha, podemos comentar da escolha do elenco. "Alô?
Sim, aqui é o Carisma. Vou para Paris fazer uma sessão de fotos, volto em uma
semana, xoxo." Sim, é tudo que eu tenho para falar. Nunca antes na
história uma série fez com que eu não me importasse com ninguém, nem Terra Nova, onde eu queria que todo
mundo morresse de morte dolorosa. Aqui, eu não demonstro nenhuma emoção. E eu
garanto que se as atuações não derem uma alavancada legal, esse pode vir a ser
um dos principais motivos do fracasso.
Uma das coisas que eu gostaria de comentar, é que talvez fazer uma
comparação entre Terra Nova e Revolution (tirando os termos de marketing
e importância orçamentária) pode ser imprópria. Terra Nova era infantil, essa é a verdade. Ninguém gostava do tom
familiar de "A grande família" que a série vivia perseguindo. Aqui
acredito que haja algo mais relacionado à sobrevivência, ser retirado de um
mundo de regalias e viver sem produtos industrializados, um outro tipo de
sociedade.
Uma das grandes apostas da série, em minha opinião, é a gama de
possibilidades que se pode tirar de um emblema político. A república Monroe,
como ela se formou, sua estrutura, os subordinados, exército, tudo. Tudo, se
bem trabalhado, pode dar em um maravilhoso arco. Falando em exército, que barra
foi aquela de a energia acabar e colocarem velinhas de igreja na frente de uma
base militar? Ri muito.
Os computadores Dharma apareceram, e esse plot cheira tanto que fede.
Isso pelo fato que irão alongar essa situação até o final da temporada, e quem
sabe, ainda mais. Só nos resta esperar.
A pergunta que não cala é: A premissa pode sustentar a série? Sim,
afinal já estamos caminhando para a 3º temporada de The Walking Dead e Falling
Skies. Mas o fato é que absolutamente não se deve fazer isso. Assistir
esperando um crescimento é se iludir. Uma série como Revolution só tem dois caminhos a seguir: O sucesso absoluto ou o
abandono total.
Observações:
- Só me falta a NBC reclamar que tá gastando muito com Revolution... aqueles cenários de isopor
não me enganam e não deve ter custado 50 reais para filmar aquele clip.
- A cena fail do Miller apareceu no trailer da série, então eu não
fiquei muito surpreso. Mas que cena fraca, ele correndo e se proclamando o
Chuck Norris pós apocalíptico.