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[Review] Gotham 1x03/04/05 - The Balloonman/Arkham/Viper

O show é dos vilões.


O show é dos vilões.

Esses três últimos episódios de Gotham mostraram uma regularidade que muitas séries gostariam de ter; todos eles tiveram qualidade semelhante e nenhum foi muito pior que o outro. O problema é: a média final dos episódios não foi muito alta.

No fim do segundo episódio da série fiquei animado para ver o que aconteceria depois, se tudo melhoraria ou se continuaria com aquela qualidade um pouco aquém do esperado e, infelizmente, o saldo foi negativo. Não me levem a mal, a série tem vários pontos positivos, mas a maior parte da história não me interessa. Demorei muito mais do que o normal para assistir os episódios porque a cada curto intervalo de tempo (mais especificamente toda vez que em que a dupla de detetives aparecia na tela) eu perdia o interesse no que estava acontecendo e diminuía a tela, só ouvindo as conversas enquanto ficava no facebook.

Todos já sabíamos que o ponto alto da série iria ser o desenvolvimento dos vilões nessa Gotham corrupta e que só gera frutos podres, mas ao mesmo tempo existia a expectativa de ver o começo de carreira do futuro Comissário Gordon, e foi justamente essa expectativa que gerou a maior decepção. Com exceção dos momentos em que os detetives estão interagindo com algum dos vilões (Fish, Pinguim, Cat, Maroni), suas aparições são extremamente desinteressantes. Bullock, por mais que lembre, de fato, sua versão nos quadrinhos, já cansou depois de tantos episódios, enquanto Gordon não mostra nenhuma melhora. A personagem foi mal concebida e quando fica no foco das atenções acaba decepcionando.

Enquanto isso, no lado dos foras da lei, a série parece muito melhor. A disputa por poder em Gotham está muito interessante, cada lado com suas armas e seus problemas internos que só ficam melhores graças a excelentes atuações. Eu disse um pouco antes que quando Bullock e Gordon estavam aparecendo eu ia pro facebook, pois bem: toda vez que algum destes antagonistas aparecia na tela eu voltava a assistir a série e a me interessar por tudo o que estava acontecendo. Fish e Pinguim são as estrelas de Gotham, e enquanto não melhorarem o aspecto policial da trama eles vão ter que carregar a série nas costas. Se bem que, pelo que foi visto até aqui, eles provavelmente conseguem fazer isso. Entretanto, é importante salientar que os vilões aos quais me refiro são os grandes, aqueles que voltam todo episódio, e não aos casos investigados pelos detetives. Esses, apesar de não serem ruins, não são nada de especial também, com exceção feita a aqueles do segundo episódio.

Mas nem tudo de bom vem dos vilões, e seria injusto não comentar a presença do Bruce Wayne na série. Parabéns para David Mazouz pela atuação e aos criadores pela personagem, porque o futuro Batman também protagoniza momentos interessantes na atração. É muito bom ver o desenvolvimento de Bruce Wayne, que vai do garoto órfão e fragilizado do primeiro episódio até o jovem que se interessa pela cidade, e quer pensar em maneiras de melhorá-la. E talvez esse desenvolvimento tenha acontecido um pouco rápido demais, mas como está dando certo não vou reclamar.

Para os próximos episódios, Gotham precisa melhorar os enredos procedurais. A grande história por trás de tudo já promete bastante e está interessante, mas a série pode melhorar muito ainda. Se tudo for tão desinteressante toda semana, não vai existir promessa de confronto entre os líderes do crime que faça as pessoas continuarem vendo a série.

Obs.: Tragam a Cat de volta (e com falas) o mais rápido possível.

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