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[Crítica] The Rocky Horror Picture Show (VII Janela Internacional de Cinema do Recife)


Recife/PE - Por Jo Pais

Um dos clássicos mais conhecidos e amados, The Rocky Horror Picture Show (que, ainda bem, não teve seu título traduzido para o Brasil) sempre foi um filme que quis assistir justamente por essa fama toda que ele tem lá fora. E conhecê-lo foi simplesmente adorável nessa experiência no Janela, que tem esse papel lindo de apresentar clássicos aos que não os conhecem ainda.

Janet (Susan Sarandon) é pedida em casamento por Brad (Barry Bostwick) e nosso casal mais feliz do mundo sofre com um pneu furado numa estrada sem volta, onde eles precisam sair debaixo de chuva e pedir ajuda no castelo do Dr. Frank N Furter (Tim Curry, a diva do filme). Já sabia que o filme era um clássico musical, e é justamente assim que ele começa, com uma boca vermelha sobre um fundo preto e a música que todos na sala aplaudiram.


Na verdade, a minha sessão teve não só este caso particular dos aplausos dos fãs durante todo o longa como também rolou dancinha, o que é bastante interessante, ao meu ver, uma vez que o filme mantém bastante esse diálogo com o espectador. Muitas tomadas são de closes nos atores se dirigindo à câmera. E por que não conversar de volta com o filme da maneira mais divertida se não dançando e cantando junto?

Ao chegarem ao castelo, nossos protagonistas são apresentados a este novo mundo do Dr. Frank e se assustam muito, o choque de culturas não só é imediato como também questionado. O típico casal de cidade pequena agora está ali, exposto ao travesti orgulhoso que é o nosso doutor, uma diva mor, já que ele arrasa em atuação o filme inteiro, não só divertindo, o que é muito a proposta do filme, como também nos conquistando a cada cena (sim, eu torci para que ele ficasse com o Rocky, seu monstro musculoso no final).


Rocky (Peter Hinwood) é uma paródia típica do monstro Frankenstein e o filme faz várias apologias aos filmes B de terror. O tal horror é cômico até com a morte de Eddie (Meat Loaf), um motoqueiro e sobrinho de uma figura importante do governo. O filme é narrado por um criminologista que até nos ensina os passinhos dos transilvanos.


Além da trilha, claro, e das atuações que não só renderam risos e como também foram carismáticas prendendo assim o público, o filme também foi bem dirigido. Percebe-se isso na coreografia de dança dos atores e nas tomadas de câmeras também. O filme é uma adaptação da peça teatral homônima de Jim Sharman (diretor do filme) e Richard O’Brien, que também atua no filme como Riff Raff, personagem que me surpreendeu até com o desfecho do roteiro. Acho que é uma ótima pedida não só para os sábados à meia-noite (horário que o filme costumava ser exibido nas salas) como também para qualquer hora. Vejam!!

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